26 de set de 20212 min
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (26) revela um número crescente de arrependidos entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em 2018. Pelo menos um quarto dos brasileiros que o apoiaram há três anos agora está no campo de oposição e não votaria nele em 2022. A pesquisa mostra ainda que 23% dos que ajudaram a eleger Bolsonaro agora afirmam que votariam em Lula em um eventual segundo turno nas eleições do ao que vem.
"Em geral, se comparado com a média da população, o eleitor de Bolsonaro tem melhor avaliação do governo e responsabiliza menos o presidente por mazelas como desemprego, inflação e crise de energia. Mas uma parte se descolou do bolsonarismo e não repetiria seu voto, chegando a avaliar o governo como péssimo, a defender impeachment e a declarar escolha por Lula", analisa o instituto, segundo reportagem da Folha de S.Paulo neste domingo.
O levantamento mostra que 24% dos que elegeram Bolsonaro querem que o Congresso analise seu impeachment. Outros 73% não querem isso. Na população, a proporção é de 56% favoráveis e 41% contrários.
Confira a rejeição de eleitores de Bolsonaro em 2018 em relação a possíveis candidatos em 2022:
Lula (PT): 66%
João Doria (PSDB): 46%
Ciro Gomes (PDT): 40%
Bolsonaro (sem partido): 26%
Mandetta (DEM): 20%
Avaliação do presidente
Entre os eleitores de Bolsonaro, 46% consideram a gestão do atual presidente ótima ou boa; 31% a consideram regular; e 22% a avaliam como ruim ou péssima.
Os números são o oposto da pesquisa que faz a avaliação do governo no total da população. Neste cenário, 53% avaliam a gestão Bolsonaro como ruim ou péssima; 24% a veem como regular e 22% a consideram ótima ou boa.
No primeiro turno, no principal cenário avaliado pelo Datafolha, a população declara voto em Lula (44%); Bolsonaro (26%); Ciro Gomes (PDT, 9%), João Doria (PSDB, 4%), Luiz Henrique Mandetta (DEM, 3%) e branco, nulo ou nenhum (11%).
O Datafolha ouviu presencialmente 3.667 pessoas em 190 municípios brasileiros, entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No caso da amostra de eleitores de Bolsonaro, a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.