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CPI da Covid: Bolsonaro poderá ser responsabilizado


Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Omar Aziz, relator, vice e presidente da CPI (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), divulgou nesta sexta-feira (18) a lista com o nome de 14 pessoas que passarão de testemunhas a investigados na CPI da Covid. Segundo senador, é preciso mudar o "patamar" da investigação pois já há provas e indícios concretos contra as pessoas inseridas na lista. Apesar de o presidente Jair Bolsonaro não estar na lista, Renan disse que estuda incluí-lo e que ele poderá ser responsabilizado pela CPI ao final dos trabalhos. Como investigados, eles podem ser alvos de medidas mais drásticas, como busca e apreensão.

"Essa é uma análise que estamos refletindo, ouvindo as pessoas, conversando com as instituições. Se a CPI puder diretamente investigar o presidente, já que a vedação é (apenas) para o não comparecimento para prestar depoimento, e não óbvia vedação à investigação... Se a competência favorecer a investigação, quero dizer que vamos investigar, sim. Se não pudermos trazê-lo para depor, poderemos fazer perguntas por escrito, como em muitas circunstâncias compete fazer a presidente da República... Aparecendo fatos óbvios, como tem aparecido, a CPI vai ter que responsabilizar. Diante de provas, não há como não responsabilizar. Seria um não cumprimento do nosso papel", afirmou o relator.

Ao anunciar a lista de investigados, o senador também citou a "absoluta irresponsabilidade" do presidente, ao atacar as vacinas e defender o contágio como melhor forma de imunização.

"A CPI tem feito a sua parte, tem dado passos significativos no sentido da apuração e da consequente responsabilização dos fatos. Nós chegaremos, tristemente digo isso, neste fim de semana a mais de meio milhão de mortos no Brasil pela covid. Diante da absoluta irresponsabilidade do chefe de governo que, ainda ontem (quinta-feira), reiterou tudo o que havia dito com relação à defesa da imunidade de rebanho. E usou ele próprio como exemplo desse crime e desse absurdo", declarou o o relator da CPI da Covid.

Alguns nomes, como o do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e do ex-chanceler, Ernesto Araújo, já haviam sido citados pelo relator, assim como o do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten.

Além deles, estão confirmados como investigados os seguintes nomes:

Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina" (secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde)

Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina e suposta integrante do "gabinete paralelo")

Paolo Zanotto (virologista defensor da cloroquina e suposto integrante do "gabinete paralelo")

Carlos Wizard (empresário bolsonarista, conselheiro de Pazuello e suposto integrante do "gabinete paralelo")

Arthur Weintraub (irmão do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, e ex-assessor especial da Presidência e suposto integrante do "gabinete paralelo")

Francieli Fantinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização, que recomendou a vacinação de gestantes que tinham recebido a primeira dose da AstraZeneca, com qualquer vacina que estivesse disponível, sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência)

Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas, que apontou erros na saúde em Manaus, tanto do governo federal como estadual)

Elcio Franco (ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, ligado a Pazuello)

Hélio Angotti Neto (secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde)

Luciano Dias Azeved (anestesista da Marinha apontado como autor de proposta para alterar a bula da cloroquina, medicamento sem efeito contra a covid-19)

Indícios de crimes

A medida indica que o relator da CPI vê indícios de crimes por parte desses investigados.

"Por que isso? Porque acentua um momento importante da investigação. [...] Significa dizer que com relação a essas pessoas, contra as quais já acessamos provas e indícios, nós precisamos mudar o patamar da própria investigação, transformando-os em investigados. Isso é bom para a investigação e é bom, também, para a segurança jurídica do próprio investigado", disse Calheiros durante coletiva de imprensa.

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