5 de dez de 20221 min
Em entrevista à Folha de São Paulo, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, denunciou a existência de um "Partido Judicial" e anunciou que, nesta terça-feira, ela será condenada por corrupção por suposta fraude em contratos de obras públicas. Ela acusa o juficiário e a mídia monopolista de seu país, insatisfeita com a instalação, nesta quarta-feira, 7, da Lei de Meios, de formarem um "Partido Judicial" responsável por promoverem um lawfare semelhante ao que levou à cadeia no Brasil o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018.
“Preste atenção em uma coisa: no dia 6 de dezembro, vão ditar a sentença contra mim. No dia 7, vai sair nos jornais: ‘Cristina condenada’. Sabe o que é o 7 de dezembro? É um dia muito emblemático na República Argentina. A lei que estabelecia que os empresários da mídia que tinham muitos canais de televisão, canais abertos, cabo e jornais, deveriam desinvestir para não ter uma posição dominante ou monopolista”, vaticinou a líder peronista.
No julgamento, no qual há outros 12 réus, Cristina é acusada de favorecimento ao empresário Lázaro Báez, considerado próximo de sua família, na concessão de licitações de obras públicas na província de Santa Cruz, no sul do país.