30 de dez de 20201 min
Em seu penúltimo dia como prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella deixou sua residência, no Condomínio Península, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, às 9h da manhã desta quarta-feira, para acompanhar o sepultamento de sua mãe, Eris Bezerra Crivella, em Minas Gerais. Sob escolta da polícia, Crivella seguiu de helicóptero para a cidade de Simão Pereira, a cerca de 150 km do Rio.
A saída foi autorizada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins. O prefeito afastado cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde a antevéspera do Natal.
Eris Bezerra Crivella é irmã do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal. A causa da morte não foi divulgada. Ela tinha 85 anos, e seu desejo de ser enterrada no mesmo cemitério de seus pais foi atendido.
Crivella é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como "vértice" de uma organização criminosa dentro da Prefeitura chamada de "QG da Propina" - um esquema envolvendo empresários e direcionado "para arrecadar vantagens indevidas mediante promessas de contrapartidas". Ele é denunciado também por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.