7 de mai de 20202 min

Fiocruz prevê "catástrofe inimaginável", sem isolamento rigoroso no Rio

Governador Wilson Witzel já estuda adotar lockdown no Rio de Janeiro (Agência Brasil)

Em relatório enviado ao governo do Rio de Janeiro, a Fiocruz sugere que, devido à falta de vacina para a Covid-19, ações de lockdown devem ocorrer de forma intermitente no estado por período de 18 a 24 meses.

A Fundação Oswaldo Cruz sugere ainda que o confinamento rigoroso deve ser implementado de forma urgente no Rio de Janeiro. Caso a medida seja tomada de forma tardia, a entidade diz que pode ocorrer "uma catástrofe humana de proporções inimagináveis para um país com a dimensão do Brasil", segundo publicado pelo jornal O Globo. 
 
Projeção feita pelos pesquisadores da Fiocruz aponta que entre os dias 13 de maio e 22 de julho o estado não teria mais leitos de UTI disponíveis, tanto na rede pública como privada. Além disso, o relatório diz que o coronavírus deve se espalhar por quase todo o Rio de Janeiro, mesmo nos municípios que hoje têm menos de 50 casos. 

Niterói: lockdown total

Niterói deverá ser a primeira cidade do estado a adotar o lockdown total. Segundo informa a jornalista Ana Claudia, no jornal O Globo, o prefeito Rodrigo Neves pretende decretar a medida já nos próximos dias no município. A ideia é começar na segunda-feira, depois do Dia das Mães. A prefeitura estuda fechar a entrada do município, que tem 520 mil habitantes e, hoje, registra uma média de cinco óbitos por semana por coronavírus, uma das mais baixas no Brasil.
 
Governo do estado estuda
 
O governo do Rio, que recebeu recomendação do Ministério Público para implementar o confinamento, já divulgou que estuda a adoção do lockdown.
 
Outras instituições e especialistas recomendaram medidas mais rigorosas de isolamento social no país, caso do Comitê Científico do Consórcio do Nordeste, que sugeriu o lockdown em locais que estejam com ocupação de leitos superior a 80%. 
 
Confinamento no Pará
 
Nesta quinta-feira (7) o confinamento teve início em Belém e mais nove cidades do Pará. O governo instalou barreiras nas ruas. Supermercados, farmácias, feiras e bancos seguem funcionando. Quem desrespeitar as medidas estará sujeito às advertências a multas.
 
No Maranhã, um lockdown já está em andamento deste terça-feira (5) na região metropolitana de São Luís. Fortaleza, no Ceará, também endureceu as regras do isolamento social, mas o governo não usa o termo lockdown. 
 
No Pernambuco e no Amazonas o Ministério Público recomendou o confinamento, mas a Justiça negou o pedido.

Com Sputnik Brasil