22 de set de 20201 min
Apesar da ordem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a deputada federal Flordelis (PSD) ainda não se apresentou à Secretaria de Administração Penitenciária do estado para colocar a tornozeleira eletrônica. A determinação foi dada na sexta-feira (18) pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, com pedido de urgência.
De acordo com a decisão, o monitoramento eletrônico se justifica pelas tentativas de Flordelis de embaraçar as investigações sobre o inquérito do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, do qual ela é acusada de ser mandante. Flordelis será obrigada a usar tornozeleira e ficar em recolhimento noturno das 23h às 6h.
A testemunha Regiane Ramos disse em depoimento que teme por sua integridade física, sentindo-se ameaçada por Flordelis e por Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis preso por envolvimento no crime. Regiane disse que teve uma bomba jogada em sua residência, em São Gonçalo.
A juíza determinou a transferência de Adriano para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, Zona Oeste do Rio, o que já foi feito. Havia suspeita de que Adriano vinha se comunicando de dentro do presídio com Flordelis.
Até a manhã desta terça (22), a deputada ainda não tinha comparecido para colocar o equipamento.
Flordelis e sete de seus filhos (biológicos, adotivos e afetivos) e uma neta afetiva são réus no processo sobre a morte do pastor.
A defesa de Flordelis declarou que vai tomar todas as providências e disse que a decisão "é equivocada, usa argumentos sem sentido e que a presunção de inocência tem sido deixada de lado no caso."