25 de set de 20212 min
Levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revela resultado alarmante da política de preços praticada pela Petrobras, com o preço médio da gasolina subindo pela oitava semana nos postos de combustíveis de todo o Brasil e permanecendo acima da marca de R$ 6 por litro.
De acordo com a ANP, a cotação média do preço da gasolina comum nas bombas atingiu R$ 6,092 por litro nesta semana, ante R$ 6,076 na semana anterior.
O etanol chegou a R$ 4,715 por litro, superando os R$ 4,704 na última semana.
O preço do óleo diesel teve leve recuo e foi cotado a R$ 4,707 por litro, pouco abaixo dos R$ 4,709 da semana passada.
De acordo com o IBGE, o preço da gasolina já acumula uma alta de 31,09% em 2021, e é um dos principais itens que fizeram disparar a inflação, já na casa de dois dígitos na projeção do IPCA-15 (10,05%) para os últimos 12 meses.
Acima de R$ 7
Considerando o preço máximo no levantamento feito entre 12 e 18 de setembro, em três estados, o preço da gasolina está acima de R$ 7. No Acre, chega a custar R$ 7,13. No Rio de Janeiro, o preço máximo era de R$ 7,19 na semana passada. Próximo do Rio de Janeiro ficou o maior preço observado no Rio Grande do Sul, que bateu R$ 7,18.
No Nordeste, o Piauí é o estado que mais se aproxima dos R$ 7, com a gasolina comum vendida por até R$ 6,99. A Região possui o preço médio da gasolina mais caro do País, sendo Piauí e Rio Grande do Norte os detentores dos maiores resultados.
Política de preços
A política de preços da Petrobras é principal responsável por essa disparada. Em 2017, com Michel Temer na presidência após o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff, a gestão de Pedro Parente atrelou os preços de venda dos combustíveis ao valor do petróleo no mercado internacional e à variação cambial (dólar). Dessa forma, a cotação para cima do petróleo e/ou uma desvalorização do real contribuem com a elevação dos preços internamente.