As cinzas prolongadas
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As cinzas prolongadas


*Otacílio Barros


Muita gente pode estranhar o título acima, mas, na realidade, a vida só voltou ao normal para a maioria das pessoas nesta semana. Aliás, muitas pessoas só voltaram ao batente hoje. Então, esse é o “busilis” do título escolhido para este artigo. Gostaria eu, meus leitores, de iniciar esta conversa com notícias alvissareiras, com leves plumas e paetês recém abandonados pelos foliões remanescentes da folia momesca. Gostaria eu de estar falando dos blocos que saíram em Niterói e no Rio de Janeiro com o peculiar bom humor dos cariocas e fluminenses, como o “Se melhorar afunda”; o “É mole mais é meu”; o “Rola Cansada”, o “Suvaco do Cristo”, “O Pinto Caido” e por aí vai. Mas, infelizmente, a realidade é mais dura e ao voltarmos a ela nos deparamos, novamente, com o cotidiano cruel, assombroso e deprimente a que nos relegaram os homens e mulheres que dirigem nossos destinos. Cada vez mais fico estarrecido com o que vejo, observo e escuto. Olho pro lado e me deparo com novas confusões, como essa no Ceará. Onde já se viu tamanha crise de autoridade, quando PMs saem de suas funções e extrapolam toda e qualquer fronteira do bom senso, da Lei e da Ordem, destruindo patrimônio público e o que é pior, deixando a população à mercê da bandidagem. Vejo, tanto nacionalmente quanto regionalmente, que nossos políticos têm a capacidade de se autodevorarem em um processo autofágico que parece nunca ter fim. Matérias publicadas cotidianamente na imprensa - infelizmente, hoje muito tendenciosa, mas de qualquer forma sempre vamos lutar por uma imprensa livre, sem ameaças de censura - mostram que os vendilhões da pátria continuam se superando no assalto ao Estado brasileiro. Essa mesma imprensa vem publicando extensas matérias sobre o assunto e eu me reporto aqui somente para mostrar que, principalmente, alguns parlamentares se especializaram em corrupção e desunião entre seus pares. Isso só vem comprovar que esses integrantes do parlamento brasileiro são como ervas daninhas, são como cupins destruindo e corrompendo mentes e corações. Aqui em Niterói muitos já se apresentaram para assumirem a administração da cidade e querem ser prefeitos a qualquer custo, realizando muitos conchavos e acham que têm tudo nas mãos para saírem candidatos nas próximas eleições municipais. Mas, como é da essência do escorpião, ainda vai haver muita traição por aí, quem viver verá. Aliás, dizem as más línguas, que esse é um tema que em política se entende muito bem. Muitos, que já jogaram seus nomes para substituir Rodrigo Neves, vão trocar de lado e resolver apoiar outros candidatos. Aí estão muitos que não querem perder suas boquinhas e que se dizem democratas, mas só são democratas até não verem contrariados os seus interesses, esses vão espernear, a confusão vai se estabelecer e a decisão final de quem vai ser candidato à prefeitura em muitos partidos pode até sair na Justiça. Até o momento em que escrevo esse artigo nada ficou resolvido. Enquanto seus principais adversários se entredevoram, o prefeito Rodrigo Neves nada em mar de almirante, podendo se dar ao luxo de escolher entre muita gente boa que hoje participa de sua gestão vitoriosa. Há quem diga que, apesar de já ter escolhido Axel e Bagueira em um primeiro momento, Rodrigo mais à frente vai botar outros nomes na balança e escolher os que se apresentarem melhor nas pesquisas. É a geléia geral brasileira, ou, quem sabe, o nosso eterno carnaval cármico.


*Otacílio Barros é jornalista / e-mail: otacilio.barros@hotmail.com

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