Delegado afirma em juízo que Flordelis 'é a mais perigosa'

(Foto: Divulgação)

Com uma declaração firme, sem titubear, o delegado Allan Duarte foi taxativo ao se referir à deputada federal Flordelis dos Santos (PSD): "Na verdade, esse assassinato não teria ocorrido sem ela. De todos os sentados ali respondendo por esse crime, ela é a mais perigosa. Esperamos que a Câmara [dos Deputados] casse o mandato dela para ela responda por isso", apontou o delegado, que comandou as investigações do crime enquanto titular da Delegacia de Homicídios de Niterói. Suas palavras foram ditas no depoimento que prestou nesta sexta-feira (13) em audiência na Justiça sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo, pelo qual a deputada é acusada pelo Ministério Público do estado (MP-RJ) de ter sido a mandante.

Durante a sessão, foram ouvidas testemunhas de acusação. O delegado foi novamente taxativo ao depor sobre a acusação de Flordelis ser a mandante do crime: "Não há dúvidas de que ela foi a mandante do crime", afirmou.

Segundo Allan Duarte, o motivo foi financeiro. "A motivação foi financeira. Com relação à forma como pastor geria a casa. Pela forma diferenciada que tratava os filhos (...) Ela [Flordelis] foi responsável por arquitetar o plano e convencer as pessoas para que o crime fosse cometido", disse.

Bronca da Juíza

A deputada chegou atrasada na audiência e foi chamada a atenção pela juíza. Ao entrar no tribunal, ela chorou e negou ter sido a mandante da morte do marido. "Eu não mandei matar meu marido. Jamais faria isso", disse Flordelis, que usava um vestido comprido que não deixava à vista a tornozeleira eletrônica que vem sendo obrigada a usar pela Justiça.

'Sexo entre todos'

Segunda a prestar depoimento, a delegada Barbara Lomba, que foi responsável pela primeira fase das investigações, afirmou que havia relações sexuais entre vários integrantes da casa de Flordelis. "Havia relações entre todos ali. Flordelis não se relacionava só com o Anderson e o Anderson não se relacionava só com ela - afirmou a delegada.