Em ascensão, Martha vira alvo de Crivella e Paes
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Em ascensão, Martha vira alvo de Crivella e Paes


Martha, que cresceu três pontos na última pesquisa Datafolha, passa a ser fustigada por Crivella e Paes

A candidata-delegada Martha Rocha (PDT) à Prefeitura do Rio que se cuide. As metralhadoras do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) estão voltadas contra ela após seu desempenho na pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (22). Ela tem o menor índice de rejeição entre todos os candidatos. Se, por um lado, ameaça tirar Crivella do segundo turno, por outro, ganharia de Paes no escrutíneo final, segundo o levantamento.

Ambos já começaram a adotar uma postura agressiva contra a ex-chefe de Polícia Civil. Com o objetivo de partir para o ataque, Crivella decidiu mudar o comando da sua campanha e contratou o marqueteiro Jacques Galinkin com a missão de mudar a estratégia eleitoral, cujos reflexos já deverão ser notados nos programas de televisão do candidato dos próximos dias.


Estrategista

Galinkin foi o responsável pelo debut de Crivella na política. Em 2002 ele assinou a campanha bem sucedida na primeira eleição do atual prefeito para o Senado, superando, na época, concorrentes de peso, como o ex-governador Leonel Brizola e o então senador Arthur da Távola.

Jacques Galinkin

Mesmo em condições adversas, com apenas 22 segundos de tempo de televisão, Crivella teve cerca de 3,3 milhões de votos. Até então, nenhum candidato egresso da Igreja Universal, como ele, que disputasse qualquer cargo eletivo, havia conseguido mais do que 300 mil votos, que era, na época, o contingente de fiéis da denominação religiosa.

O fato curioso é que, tanto naquela como nesta eleição, Galinkin estava inclinado inicialmente a fazer a campanha do PDT. Em 2002 ele disse que chegou a fechar com Brizola como publicitário responsável. Porém, com as pesquisas lhe dando inicialmente 60% das intenções de votos, o ex-governador o teria liberado a aceitar um convite para trabalhar com Crivella. Agora também chegou a manter entendimentos com Martha Rocha e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Mas o partido acabou decidindo por outro nome.

Foi também no PDT que o estrategista conseguiu um feito histórico como marqueteiro de Saturnino Braga no sufrágio de 1985 para a prefeitura carioca - a primeira eleição direta de prefeitos de capitais e municípios considerados áreas de segurança nacional depois do golpe de 1964. Saturnino superou 18 concorrentes - entre eles, João Saldanha, Rubem Medina, Jorge Leite e Carlos Imperial -, somando mais votos do que todos os seus adversários, numa época em que, sem haver ainda dois turnos nos pleitos, os eleitos para cargos majoritários não necessitavam ter a maioria absoluta dos votos.

Em nota enviada ao jornal, a assessoria de imprensa de Crivella afirmou, sem citar o nome de Galinkin, não ter havido mudança na estrutura de campanha do candidato.


Campanha ideológica

Segundo informação do Globo, o prefeito, que tenta colar seu nome no do presidente Bolsonaro, compartilhou esta semana no whatsapp um panfleto cuja intenção não precisa ser explicada: "Martha e Ciro juntos para dominar o Rio e estraçalhar Bolsonaro em 2022".

O panfleto mostra ainda um texto afirmando que o PDT assinou um convênio com o Partido Comunista da China. Segundo o jornal, a intenção de Crivella é intensificar o discurso ideológico nos próximos dias, cujo objetivo seria provocar uma espécie de "efeito Wilson Witzel", sendo impulsionado nas redes sociais.

Em vídeo, Crivella tenta também vincular Martha Rocha ao ex-governador Sérgio Cabral. Martha foi chefe da Polícia Civil na gestão de Cabral.

Já o ex-prefeito Eduardo Paes, segundo também o jornal, será mais cauteloso nas críticas, mas não deixará de fustigá-la genericamente.


Réus por corrupção

Tanto Crivella como Paes estão envolvidos em inquéritos policiais que apuram supostas participações deles em esquemas de corrupção.

O ex-prefeito é réu pela terceira vez. Na última denúncia, teve seus bem bloqueados pela Justiça do Rio. É réu também por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, em um processo gerado por delação premiada no âmbito da Lava Jato. Noutro processo, ele é acusado dos mesmos crimes junto à 204ª Zona Eleitoral.

O atual prefeito é apontado pelo Ministério Público do Rio como “protagonista” em esquema de corrupção na Prefeitura e é investigado em duas CPIs na Câmara Municipal. Crivella foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral por abuso de poder político. Por meio de uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral, o prefeito continua no pleito pela reeleição.

Tanto Paes quanto Crivella perderam pontos em relação à última pesquisa. O candidato do DEM foi de 30 para 28, e o do Repuplicanos, de 14 para 13. Por outro lado, Martha Rocha saltou 3 pontos, Benedita da Silva (PT), foi de 8 para 10% e Renata Souza de 3 para 5 pontos percentuais.

Sobre os candidatos que os eleitores não votariam de jeito nenhum, Crivella tem 58% de rejeição, Eduardo Paes tem 31%, Clarissa Garotinho tem 31% e Benedita da Silva tem 27%. Martha é a última nesse quesito entre os 15 candidatos, com 6%.

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