Juninho Pernambucano: "Bolsonaro é filhote de fakenews"
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Juninho Pernambucano: "Bolsonaro é filhote de fakenews"


O ex-jogador Juninho Pernambucano, ídolo do Vasco e do Lyon, falando da situação que vive hoje o Brasil com a pandemia e do desmoronamento do governo Bolsonaro, revelou, em entrevista ao jornal The Guardian, que parou de falar com "80% ou 90%" de sua família e amigos devido ao apoio que eles deram ao presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. "Bolsonaro é um filhote do WhatsApp e das fake news. As pessoas que apoiavam Bolsonaro eram maioria e foi minha decisão me afastar delas", afirmou o ex-jogador, que disputou pela Seleção Brasileira a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha e hoje é diretor de futebol do clube francês.

O ex-comentarista de futebol da Globo, antes de criticar a postura de Neymar fora do campo, criticou a condução da política e a pandemia do novo coronavírus pelo governo brasileiro. Para Juninho, o Brasil está fazendo "tudo errado" no que se refere à pandemia. "Sinto uma profunda tristeza", disse Juninho, emocionando-se. ""Eu sou brasileiro, sei que somos um país pobre e nosso pessoal precisa trabalhar, mas isso (isolamento social) é uma questão de saúde. Se tivéssemos um lockdown, poderíamos estar perto do fim disso, mas não", lamentou, referindo-se principalmente ao posicionamento do presidente da República na condução da pandemia.

Além de sua contrariedade com o governo do presidente Jair Bolsonaro, Juninho acusou o que ele chamou de falta de empatia da elite brasileira no trato da desigualdade. "O establishment no Brasil não tem empatia e quer que nós não tenhamos também. A elite (econômica) não entende o tamanho das desigualdades financeiras no país que, se aumentarem, causarão violência. Estamos assistindo isso se desenrolar agora", criticou.

Com posições de esquerda bastante claras, Juninho falou também das manifestações antirracismo que começaram em Minneapolis, nos Estados Unidos, e se estenderam por vários países após o assassinato de George Floyd, negro, por um policial branco. Juninho afirmou que existem "milhares de George Floyds no Brasil", e lembrou casos semelhantes de racismo no país. "Como foi possível uma criança de oito anos ser baleada pela polícia como aconteceu no ano passado no Complexo do Alemão? Como é possível viver depois disso? Inacreditável", disse ele, em referência ao caso da menina Ághata Felix, morta pela polícia do Rio de Janeiro em setembro do ano passado.

Sobre o atacante Neymar, Juninho reconhece todo o talento do craque, lamenta que a questão do dinheiro foi mais importante para sua ida para o PSG mas ressalva que Neymar é mais uma vítima da cultura brasileira em relação ao dinheiro. "Se nos preocupamos só com dinheiro... É simplesmente o que aprendeu. Temos que diferenciar o Neymar como jogador e o Neymar como pessoa. Como jogador, se encontra entre os três primeiros do mundo, no mesmo nível de Cristiano Ronaldo e Leo Messi. É rápido, difícil de marcar, faz gol e dá assistência como um camisa 10. Mas como pessoa, acredito que ele seja culpável porque é necessário considerar quando há o erro", disse Juninho ao jornal britânico.


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