MP investiga Flávio em loja de chocolates de R$ 350 mil
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MP investiga Flávio em loja de chocolates de R$ 350 mil


Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) em sua loja de chocolates não declarada à Receita Federal (Instagram/Reprodução)

O Ministério Público do Rio de Janeiro aponta que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a sua mulher, Fernanda Bolsonaro, omitiram R$ 350 mil das declarações do Imposto de Renda. O valor teria sido utilizado na compra de uma loja da rede de chocolates Kopenhagen adquirida com um amigo, Alexandre Santini.

Os promotores detectaram a falta da declaração desse dinheiro após cruzar dados bancários e fiscais de Flávio e Fernanda desde que as quebras de sigilo foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Rio, em abril de 2019, segundo informações do jornal O Globo.

A loja é investigada no esquema de rachadinha do gabinete de Flávio quando deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e volta à berlinda após revelação da TV Globo de que o antigo dono foi ameaçado após denunciar que os produtos estavam sendo vendidos com valores abaixo da tabela.

O senador justifica sua evolução financeira e patrimonial com os lucros dessa empresa. Para a Promotoria, a loja localizada em um shopping da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio) lavou R$ 1,6 milhão, parte dessa quantia teria sido depositada na conta bancária da empresa entre 2015 e 2018 após supostamente ser recolhida pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, preso no Rio.

Segundo as investigações do MP, o dinheiro saía da loja para Flávio sob a forma de uma fictícia divisão de lucros, que desrespeitava a participação societária do senador e do sócio. A suspeita é de que suspeita que Santini seja um laranja.

"Créditos espúrios retornaram a Flávio Bolsonaro travestidos sob a forma de distribuições de lucros fictícios", afirmaram os promotores no pedido de buscas feito à Justiça no ano passado.

Flávio e Santini compraram a loja em contrato assinado em 11 de dezembro de 2014 por R$ 800 mil. Cada um ficou responsável por pagar uma metade - R$ 400 mil. Na declaração de Flávio à Receita Federal, os promotores identificaram um pagamento de R$ 50 mil para a empresa do antigo dono, que coincide com cheque emitido por Flávio como sinal.

Sua mulher, Fernanda, que não é sócia da loja, fez uma transferência eletrônica de R$ 350 mil para o antigo dono em 2 de fevereiro de 2015 e quitou o que seria a parte de Flávio. No entanto, esse pagamento não foi declarado no Imposto de Renda.

Essa omissão teve o propósito de esconder uma transação não compatível com o histórico financeiro, diz o MP. Em depoimento sobre as omissões, Flávio Bolsonaro não teria explicado de forma totalmente convincente os pagamentos detectados e os valores declarados ou não.

Ameaça

Reportagem do "Jornal Nacional veiculada na última sexta-feira (14) informou que, em depoimento, o empresário que vendeu loja de chocolates para o senador afirmou que foi ameaçado ao tentar fazer a denúncia de que Flávio fraudava notas fiscais.

As informações reforçam a suspeita levantada pelo Ministério Público de que havia uma engrenagem para esquentar dinheiro na loja. Os promotores suspeitam de que parte dos recursos desviados da Assembleia Legislativa no esquema da “rachadinha” tenha sido lavada na loja.

Os promotores descobriram que a loja de Flávio recebia mais dinheiro vivo do que outras franqueadas, em média, e os pagamentos em espécie não se alteravam até mesmo em períodos de grande aumento das vendas, como a Páscoa.


Fonte: com informações do IG

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