Rússia promete responder mísseis dos EUA na Ásia-Pacífico

Embaixador da Rússia nos EUA, Anatoly Antonov busca diálogo sobre redução de armas (Sputnik/Maksim Bilinov)

O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse que Moscou vai responder ao lançamento de mísseis de médio e curto alcance por Washington na região da Ásia-Pacífico.

De acordo com Anatoly Antonov, Moscou busca convencer os EUA de que a falta de diálogo sobre a redução de armas é perigosa e pode levar países a uma corrida armamentista.

"Se mísseis americanos forem implantados na região da Ásia-Pacífico, e foi mais uma vez confirmado para mim ontem (16) que tais mísseis seriam implantados, então o alcance desses mísseis alcançaria a Federação da Rússia, cobrindo alvos estratégicos de dissuasão nuclear tática", disse Antonov ao vivo para o Channel One Rússia, neste sábado (17).

Os Estados Unidos abandonaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) com a Rússia em agosto de 2019.

O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START), o último grande acordo de controle de armas entre os EUA e a Rússia, expira em 5 de fevereiro de 2021.

​Anatoly Antonov disse que a Rússia assumiu compromissos unilaterais de não implantar mísseis de médio e curto alcance até que os EUA implantem tais mísseis em alguma região.

"Ontem, recebi a confirmação mais uma vez de que isso é o que vai acontecer [o lançamento de mísseis dos EUA] e disse que, é claro, medidas adequadas serão tomadas do lado russo", disse o embaixador russo nos EUA ao Channel One Rússia.

Para o embaixador russo, Moscou quer convencer os políticos norte-americanos de que a falta de diálogo sobre redução de armas é perigosa. Porém, a falta de avanços na questão leva tanto Rússia quanto os Estados Unidos a uma corrida armamentista.

"Os americanos estão confiantes de que vencerão a corrida armamentista, estão confiantes de que concluirão a política anterior de despedaçar a economia russa. E apesar de minhas constantes afirmações de que esse caminho é perigoso, de que o diálogo é necessário, não tive sucesso em convencer os atuais políticos americanos, pelo menos os principais responsáveis ​​pelo controle de armas", disse Antonov.

Fonte: Agência Sputnik