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Ômicron leva capital paulista a cancelar festa de Réveillon


(Foto: Agência Brasil)

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, informou nesta quinta-feira (2) que a tradicional festa de réveillon realizada na Avenida Paulista está cancelada. “O que pesou muito foi a questão da nova variante ômicron. Lembro que, quando houve a variante delta, fizemos barreiras sanitárias, e tínhamos alta cobertura vacinal. Nossa expectativa é que isso ocorra, mas o momento atual é de cautela, e a Secretaria de Saúde seguira monitorando a situação”, disse o prefeito. O futuro do Carnaval na cidade segue incerto.

Além de São Paulo, pelo menos 15 capitais brasileiras já confirmaram o cancelamento da festa da virada deste ano: Salvador, Fortaleza, Recife, Natal, João Pessoa, Aracaju, Belém, São Luís, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Palmas, Porto Alegre, Florianópolis e Vitória.

Segundo o prefeito, a capital paulista decidiu também por manter a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambiente aberto - mesma opção anunciada pelo governo do estado de São Paulo.

Com relação ao Carnaval, o prefeito disse que haverá tempo para a melhor tomada de decisão.

Sindicato dos Hospitais contra aglomerações

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou nesta quinta-feira contrário a aglomerações nas festas de virada de ano. O médico e presidente do sindicato, Francisco Balestrin, defendeu que a chegada do novo ano seja comemorado apenas em família.

Com a preocupação em razão da Ômicron, a orientação do SindHosp às unidades de saúde é para que redobrem a atenção nas consultas com pacientes suspeitos [da doença], especialmente entre os que estiveram no exterior. As informações devem ser comunicadas às autoridades sanitárias.

Desmobilização

Segundo o sindicato, o aparato nos hospitais particulares para o atendimento de pacientes com covid-19 foi desmobilizado, já que apenas 14,71% dos leitos clínicos estavam ocupados em novembro. A ocupação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) teve índice de 20,5%.

Um conjunto de 20 pesquisas feitas pelo SindHosp durante a pandemia apontou os principais problemas enfrentados no combate ao novo coronavírus, como a falta de médicos (78% dos hospitais indicaram essa questão nas pesquisas de março e abril de 2021); aumentos abusivos de preços de equipamento de proteção individual (61% das instituições fizeram a reclamação em fevereiro de 2021) e dificuldade de reposição de estoques de materiais e medicamentos (reclamada por 58% dos hospitais). Em praticamente todas as pesquisas, 81% das entidades destacaram a falta de profissionais de saúde.

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