1º caso de Mendonça no STF é de detentas transexuais

O discurso do pastor André Mendonça defendendo os direitos da comunidade LGBTQIA+ durante sua sabatina no Senado será submetido a uma teste de fogo no julgamento que decidirá se detentas transexuais e travestis têm direito de optar por cumprir a pena em presídios masculinos ou femininos. Como o julgamento foi suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF) com o placar de 5 a 5, o novo membro "terrivelmente evangélico" da Corte, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), será responsável pelo voto de desempate.
A ação, apresentada pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros, solicitava a obrigatoriedade do cumprimento de pena de detentas travestis e transexuais em presídios femininos. O relator, ministro Luís Roberto Barroso, decidiu que a infratora deve decidir o tipo de unidade prisional.
O caso foi encaminhado ao plenário virtual do STF, onde o julgamento foi suspenso após o empate. O presidente da Corte, Luiz Fux, aguardava a nomeação do 11º ministro para marcar a data de retomada da votação, que será incluída no calendário de 2022.
Vídeo: Michelle chora e pula
Viralizou nas redes sociais um vídeo da primeira-dama Michelle Bolsonaro chorando, pulando e agradecendo a Deus pela aprovação de André Mendonça a uma vaga no STF.
Ao receber a notícia, Michelle, em êxtase, comemora com gritos de “glória a Deus” e “aleluia”. O vídeo foi gravado na quarta-feira. Mendonça também está na sala onde Michelle acompanhou o resultado e levanta os braços celebrando com “glória a Deus” a notícia de sua aprovação. Em seguida os dois se abraçam, chorando.
Mendonça foi aprovado pelo Senado, após uma campanha de quase cinco meses. Ele ocupará a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho de 2021. Ele é o segundo indicado por Bolsonaro à Corte, depois da nomeação de Kassio Nunes Marques em novembro do ano passado.
Veja o vídeo.