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1º Congresso de Manguezais abre rodada de debates em Niterói

Para promover o conhecimento científico e intercâmbio de ideias e com o objetivo de estimular a conservação e o manejo sustentável do ecossistema de manguezais, que está sob constante ameaça humana, a ONG Guardiões do Mar realiza, em Niterói, o primeiro Congresso Nacional de Manguezais (ConMangue). Por meio do Projeto Do Mangue ao Mar, a ONG faz o evento em convênio com a Transpetro e apoio da Prefeitura de Niterói.

Foto: Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói

O congresso começou nesta segunda-feira (17/7) e vai até o dia 20 com cientistas, educadores, comunidades tradicionais, atores governamentais e sociedade civil, na Sala Nelson Pereira dos Santos. As atividades celebram o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais e 25 anos da ONG Guardiões do Mar. A programação pode ser acompanhada pela internet.


O prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou a importância dos temas debatidos.


“Niterói será a capital nacional dos manguezais nesses quatro dias. A cidade tem uma característica natural em sua fauna que a torna uma das mais emblemáticas para que o Congresso Nacional de Manguezais seja realizado aqui. Além disso, esta é uma iniciativa que tem tudo a ver com nossas políticas públicas. Vamos incluir a sociedade no debate em torno desses ambientes que estão em constante modificação e integram importantes berçários de nossa fauna”, destacou Axel Grael.


O Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, celebrado em 26 de julho, é a principal data para impulsionar a sensibilização e encorajar ações em todo o planeta em prol da proteção ambiental desse ecossistema. O Brasil abriga uma das maiores extensões de manguezais do mundo, que foram relegados historicamente. Especialistas estimam que 25% das áreas originais de manguezal no país já tenham sido suprimidas desde o início do século 20, segundo o Atlas dos Manguezais do Brasil, publicado em 2018 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente. As florestas de mangue estão desaparecendo de três a cinco vezes mais rapidamente do que as perdas globais de florestas.


“Na Baía de Guanabara, temos a maior faixa contínua de manguezais conservados do estado do Rio de Janeiro. São milhares de famílias de pescadores artesanais, de catadores de caranguejo e quilombolas que vivem neles e deles. Nos últimos 25 anos, a Guardiões do Mar dedicou boa parte de seus trabalhos na conservação e na recuperação desses ambientes. Trabalhamos a educação ambiental para que as pessoas entendam a real importância dos manguezais”, ressaltou o presidente da ONG Guardiões do Mar, Pedro Belga, que também coordena o Projeto Do Mangue ao Mar, em convênio com a Transpetro.


A gerente setorial de Responsabilidade Social da Transpetro, Juliana Assis, apresentou as linhas de atuação socioambiental da companhia voltadas ao desenvolvimento humano e social das comunidades.


"Participar do primeiro Congresso Nacional de Manguezais é reafirmar nosso diálogo e relacionamento com as comunidades tradicionais de pescadores artesanais, caiçaras, catadores de caranguejo e quilombolas. Temos várias ações previstas, o que inclui atividades de limpeza nas baías de Guanabara e Sepetiba e outras iniciativas que vão além da pesca, como as oficinas de turismo, previstas para começarem no ano que vem”, disse Juliana Assis.

O cantor Lenine é um dos que trabalham pela preservação dos manguezais / Divulgação

O cantor e compositor Lenine esteve na abertura do evento e, como figura engajada nas lutas em defesa dos mangues e parceiro da ONG Guardiões do Mar, falou sobre a importância dos manguezais.


“Nasci e vivi até os 21 anos em Recife, que é uma cidade de manguezais. Na minha formação, tive sempre essa polaridade. A duas quadras atrás de onde eu morava tinha um mangue, a duas quadras para frente tinha o mar. A música que eu faço é uma espécie de crônica do tempo que eu vivo. E descobri que eu podia, através da música, fomentar e reverberar a melhoria do ser humano e do planeta”, contou Lenine.


Com palestras, painéis, debates e apresentações culturais, o Congresso Nacional de Manguezais será um espaço de aprendizado e trocas para se manter atualizado sobre as pesquisas, políticas e melhores práticas relacionadas aos manguezais. Entre os objetivos do congresso, está a discussão da situação dos manguezais fluminenses e de toda a costa brasileira.


O evento pretende estimular o desenvolvimento de ações em rede (pesquisa e educação ambiental). Os resultados previstos, junto a outras ações do Projeto Do Mangue ao Mar, serão a base para um documentário intitulado Mangues Urbanos, dirigido pelo biólogo marinho e cinegrafista Ricardo Gomes, e filmado nos moldes do premiadíssimo Baía Urbana, do mesmo diretor.


Em parceria com a Rede Nacional de Manguezais (Renamam), palestrantes nacionalmente reconhecidos de ao menos nove estados estão confirmados na programação. Vão palestrar o cantor e ativista ambiental Lenine; Alexander Turra, da Unesco; Alaildo Malafaia, da Cooperativa Manguezal Fluminense; o coordenador Nacional da Confrem, Flávio Lontro; Paulina Chamorro, da Liga das Mulheres pelos Oceanos; e Tatiana Alves, da APA de Guapimirim.


Outros palestrantes que farão parte do evento serão do Ecomuseu Natural do Mangue, Fundação O Boticário, Luthando pela Vida, Mangues da Amazônia, Oceanpact, Quilombo do Feital, e Rede Nós na Guanabara, além dos pesquisadores Clemente Coelho Júnior, Edgar Fernandez, Elizabete Barbarino, Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Gregório da Cruz Araujo Maciel, Jacqueline de Castro Vieira, José Lailson, Luiz Eduardo Gomes, Maira Borgonha, Marília Cunha Lignon, Mário Soares, Rafaela Camargo, Yara Schaeffer-Novelli, entre outros.


Serviço:


Congresso Nacional de Manguezais (ConMangue)

Data: 17 a 20 de julho

Local: Sala Nelson Pereira dos Santos (Niterói –RJ)


Fonte: Coordenadoria Geral de Comunicação da Prefeitura de Niterói

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