200 mil servidores públicos iniciam paralisações em janeiro
Lideranças sindicais do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) aprovaram nesta quarta-feira (29) um calendário de mobilizações dos servidores públicos em protesto pelo reajuste salarial. Após reunião em Brasília, ficou decidido que a primeira paralisação ocorrerá no dia 18 de janeiro. A decisão sobre uma possível greve geral unificada (de todas as categorias) ficou para fevereiro. As informações são do portal Metrópoles.
O Fonacate representa cerca de 200 mil servidores públicos federais. Para as primeiras duas semanas de janeiro, as lideranças preveem entregas de cargos de confiança “e manifestações diversas do funcionalismo”. No total, o Brasil tem cerca de 607 mil servidores federais na ativa.
“Diante da ausência de política remuneratória do governo federal, no momento em que a maioria dos servidores federais está com remuneração congelada desde 2017, acumulando, desde então, perdas inflacionárias medidas pelo IPCA de 27,2%, perdas essas que chegarão a 26,3% (IPCA acumulado + projeção Focus/Banco Central), somente no governo Bolsonaro (2019-2022), o único a não conceder reajuste geral ao funcionalismo federal nos últimos 20 anos, aprova o seguinte calendário de mobilização”, informou o Fonacate em comunicado.
Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União 2022 prevendo R$ 1,7 bilhão para aumento dos salários das polícias federais, devendo beneficiar somente os servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A primeira reação coube aos auditores fiscais da Receita Federal, com mais de 700 servidores entregando seus cargos de chefia e iniciando na segunda-feira (27) uma greve de operação padrão, paralisando parcialmente atividades de fiscalização tributária e aduaneira, especialmente no Porto de Santos que deve causar perda diária de R$ 125 milhões em arrecadação.
