Indústria naval tenta reagir
A destruição da indústria naval brasileira, que começou com a operação Lava Jato em 2014, abriu seu segundo capítulo em fevereiro, quando o governo anunciou mudanças na exigência de conteúdo local para contratações de equipamentos pela indústria de petróleo. Os novos métodos, que reduzem de 65% para 25% o percentual de conteúdo local das plataformas, por exemplo, e em cerca de 50%, em média, o conteúdo de outras instalações provocaram reação no Congresso Nacional, com desdobramentos esta semana. No Rio, a Comissão de Economia, Indústria e Comércio e a Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa farão uma audiência pública conjunta no dia de abril, às 10h, no plenário da ALERJ.
Depois da comissão geral para debater o tema, realizada na Câmara dos Deputados na quinta-feira (30), parlamentares prometem a criação de mais uma frente parlamentar em defesa da indústria naval do país esta semana. Amanhã (5), devem realizar audiência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para discutir o assunto. As novas regras de conteúdo local estão previstas para vigorar em setembro, na 14ª rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural, e novembro, em nova rodada de leilões de blocos no pré-sal.
Parlamentares e membros de frentes parlamentares que têm afinidade com o tema conteúdo local e entidades, como Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval), tentam unir interesses comuns para deter a derrocada da indústria brasileira.