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Ciro descarta candidatura a vice


Em uma de suas mais completas entrevistas, o ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes garantiu à jornalista Denise Assis, do blog O Cafezinho, que é candidatíssimo à presidência ano que vem, que não será vice de Lula e que se o ex-presidente Lula disputar 2018 – a campanha presidencial será passional com acusações mútuas, ficando de fora a discussão do projeto nacional que o Brasil precisa. /// Ciro fez questão de se definir como político profissional, criticou os homens públicos que dizem que não são políticos; falou de sua vida pessoal, falou da economia brasileira, dos governos que participou e do Ceará, estado onde foi morar aos cinco anos, depois de nascer em Pindamonhangaba.

Sobre o Brasil de hoje e a operação Lava Jato, disse que a atual Câmara dos Deputados se diivide em “um terço de gente séria e boa; outro terço de ladrões, bandidos e marginais de quinta categoria, tipo o Cunha; e outro terço mestiço: se o governo prestigiar o lado sério, o lado mestiço se adapta e apoia. Mas se o lado mestiço percebe que o Executivo está indo para o outro lado, vai para lá também”.

Ainda sobre Eduardo Cunha, lembrou que “Lula deu Furnas para ele, que é uma das grandes companhias de energia elétrica no Brasil e ele botou uns milhões no bolso e distribuiu o resto para os colegas, virando presidente da Câmara”. No cargo, acrescentou, Eduardo Cunha fez o impeachment, “mas quem botou o Michel Temer na linha de sucessão foi o Lula, brincando de Deus”, reiterou.

Sobre as eleições presidenciais do ano que vem, Ciro, frisou: “Tenho dito ao Lula o seguinte: eu não mudo de lado. Acho que a candidatura dele (Lula) é um desserviço a ele e ao país. A ele, porque, na melhor hipótese, ele ganha – mas ele pode perder a eleição. As pessoas vêem a preferência, e tal, mas não vêem a rejeição. Neste caso ele replicará para os próximos anos isto que está aí. Aí vai fazer o quê? Vai conciliar de novo com esta gente? Eu não vou mais”.

A respeito da possibilidade de ser vice de Lula, destacou: “Não vou ser. Não tenho muita personalidade para ser vice. Vice tem que ser um cara discreto, leal. Não vou participar de uma chapa que não aprovo, que apoia o Meirelles. Lembra que o Lula queria porque queria que a Dilma botasse o Meirelles como ministro da Fazenda? Pois o país sofreu um golpe de Estado e o golpista botou o Meirelles no Ministério da Fazenda. Então, eu não tenho nada a fazer aí. Nem pensar (em ser vice)”.

Ciro concluiu: "Cultivo a verdade e as pessoas na política não gostam muito disto. (...) Se o Lula sair candidato, fico muito espremido (...) O ambiente vai ficar absolutamente passional: o cara vai discutir que um fugiu da cadeia, o outro vai falar em fascismo, e eu falando de economia, de projeto para o país. (...) Vai ficar difícil, mas serei candidato. E desta vez eu vou com disposição de ganhar".

Leia na íntegra:

'O BRASIL PRECISA DE UM PROJETO NACIONAL'

#CiroGomes #Eleições2018

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