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O dia que o coração do Brasil bateu forte


Atendendo ao chamado da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), os rodoviários da base do SINTRONAC foram ao coração do Brasil para defender os direitos históricos dos trabalhadores, hoje ameaçados por um governo que se distancia cada vez mais dos anseios do povo. Na marcha “Ocupa Brasília”, realizada na quarta-feira (24/05), nos reunimos a milhares de companheiros de várias categorias e a cacofonia de sotaques era um motivo maior de orgulho, pois ali, sob o céu azul e sobre a terra vermelha do Planalto Central, estavam representados todos os estados brasileiros, através de sindicatos, centrais sindicais e entidades da sociedade civil.

Quantos éramos? A imprensa falou em 25 mil. Mas quem esteve lá, percorrendo os 3 quilômetros entre o estádio Mané Garrincha, onde estacionaram os ônibus das delegações, e o Congresso Nacional, ao longo da Esplanada dos Ministérios e em suas vias laterais, sabe que esse número de manifestantes é certamente maior que 200 mil, possivelmente 250 mil.

Através da televisão, enquanto aquela gigantesca massa de brasileiros se unia em torno de ideais comuns, vimos, depois de muito tempo na história do País, os políticos, no Congresso Nacional, nos ministérios e até mesmo no Palácio do Planalto, sentirem medo. Estava estampado em seus rostos. Aqueles que durante anos usurparam o poder dos cidadãos e esconderam sua corrupção nojenta atrás de uma máscara de arrogância estavam, agora, cercados pelo povo.

A reação dos poderosos foi violenta. Informes de companheiros de vários sindicatos dão conta de que partidários do governo se infiltraram na marcha para promover distúrbios e justificar uma repressão feroz, o que, infelizmente, acabou se concretizando. A polícia atacou com todo seu arsenal, inclusive armas letais. Acuado em seu palácio de ilusão, Michel Temer convocou as Forças Armadas para ocuparem a capital. Essa ação do presidente-tampão lembrou, inevitavelmente, o mês de abril de 1984.

Há 33 anos, uma semana antes do Congresso votar a chamada emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas no País, suspensas desde o golpe militar de 1964, o general-presidente João Baptista Figueiredo decretou estado de emergência no Distrito Federal, em Goiânia e em nove municípios do entorno da capital. A medida teve o objetivo de isolar Brasília, evitar manifestações pró-Diretas Já e intimidar o Parlamento. Pois também foi desse jeito em 24 de maio de 2017. As forças leais ao governo promoveram, nesse dia, um espetáculo de autoritarismo e abuso de poder.

Do lado dos manifestantes, devemos, por obrigações histórica, destacar a nefasta atuação de integrantes de grupos Black bloc e de membros radicais do PSTU, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, de linha trotskista. Desde o início da marcha, eles foram os únicos que “caíram” nas provocações dos agentes do governo infiltrados. Assim, completamente destoantes do caráter pacífico do protesto, entraram em choque com a polícia. O resultado inevitável foi de várias pessoas feridas e outras presas.

No entanto, em nossa avaliação, a marcha “Ocupa Brasília” foi uma notável demonstração de força dos trabalhadores brasileiros. Ela representou um basta às medidas arbitrárias do governo, como as reformas trabalhista e da Previdência, assim como deixou claro que não aguentamos mais tanta corrupção nos meios político e empresarial. Ela certamente entrará para a história como “o dia que o coração do Brasil bateu forte”. E, nós, rodoviários, participamos desse grande evento nacional, com repercussão internacional. Sempre cumpriremos nosso papel de estar ao lado do povo brasileiro, somando forças para a construção de um País melhor, com sabedoria, dignidade, luta e liberdade. Pelas conquistas dos trabalhadores brasileiros! Fora Temer!

Rubens dos Santos Oliveira (Presidente do SINTRONAC)

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