Vem aí, a mãe de todas as greves
Pela primeira vez na história do movimento sindical contemporâneo, todas as centrais sindicais estão convergindo na direção de um movimento grevista planejado para o final de junho, exigindo a renúncia do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas para presidente da República. Entre os dias 26 e 30 de junho os trabalhadores brasileiros devem realizar uma greve geral como nunca visto antes, pois terá a adesão de todas as centrais sindicais, conduzindo as diversas categorias profissionais de forma unificada. Vai ser, na visão de alguns sindicalistas, "a mãe de todas as greves".
Essa foi uma das deliberações das lideranças dos trabalhadores reunidas na segunda-feira, dia 29, na sede do CTB, para avaliar as manifestações do dia 24 de maio. O "Ocupa Brasília" e a "Marcha da classe trabalhadora" podem ser considerados uma prévia do que vem por aí, pois já quebrou o paradigma da divisão do movimento sindical e levou à capital federal cerca de 100 mil trabalhadores de todas as vertentes. O documento de avaliação desses movimentos, onde também foi tirada a indicação de greve geral para o final de junho, é assinado por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, além da Intersindical, da CSP-Conlutas e da CGTB.
Outras deliberações dos sindicalistas foram:
- Manter a unidade das centrais sindicais em torno da bandeira "nenhum direito a menos" e agregando o "Fora Temer";
- Publicar um jornal com o balanço da mobilização; e
- Realizar manifestações e ações locais para pressionar parlamentares.
