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Câmara homenageia AFL


A Câmara Municipal de Niterói realizou ontem sessão solene em homenagem ao centenário da Academia Fluminense de Letras. Com a participação de muitos acadêmicos e de vários representantes da sociedade fluminense, a solenidade foi presidida pelo presidente da Câmara, vereador Paulo Bagueira, que cedeu a cadeira principal na mesa diretora para o presidente da AFL, o ex-prefeito de Niterói Waldenir de Bragança.

Waldenir recebeu das mãos de Bagueira e do vereador Paulo Eduardo Gomes a moção de aplauso aprovada pela unanimidade do vereadores em louvor ao centenário da instituição. O deputado estadual Waldeck Carneiro também fez a entrega formal a Waldenir da lei estadual de sua autoria que reconhece a AFL como a academia oficial do Estado do Rio.

Embora uma extensa programação em homenagem ao centenário esteja sendo cumprida desde o início do ano, o ato de ontem abriu a principal sequência de homenagens que terá como ponto alto a realização, no Hotel H, do seminário das academias de letras no próximo mês.

Fundada em 1917, a Academia Fluminense de Letras é uma associação civil de caráter cultural, com sede em Niterói. Alguns de seus principais objetivos são estimular e promover a cultura, as ciências sociais e as artes, a valorização do Idioma e das letras nacionais.

“Como polo irradiador e concentrador de cultura também devemos contribuir para a preservação da memória dos vultos que se distinguiram na história literária, especialmente a do Estado do Rio de Janeiro. Temos o dever de apoiar iniciativas e eventos literários, sócio culturais e entidades voltadas para o desenvolvimento das publicações literárias e artísticas, a memória e a história do Estado do Rio de Janeiro”, ressalta o presidente Waldenir Bragança.

“Para a Câmara de Vereadores é uma honra poder realizar uma sessão solene em homenagem a uma das mais importantes academias de nosso país. Recentemente estive junto com o vereador João Gustavo, com o presidente da AFL onde propusemos a realização da Sessão Solene”, destaca Bagueira.

HISTÓRIA

O então governador do Estado do Rio, Ary Parreiras, à época chamado de presidente do Estado, ao dar como inaugurada a sede da instituição literária, em 1934, enfatizou em seu discurso que “a Academia Fluminense de Letras realiza um dos mais belos setores da atividade social, a sua finalidade cultural; e, por isso, tem do poder público o amparo e a coadjuvação que tanto merece. É com a maior satisfação que, atendendo ao convite do ilustre presidente da Academia, declaro inaugurada a sua sede definitiva, modesta homenagem do Governo à cultura e às tradições fluminenses”.

Entre os objetivos da AFL estão ainda apoiar e incentivar a participação de Academias na formulação e implementação de políticas culturais de interesse da comunidade fluminense; colaborar com estudos e pesquisas, programas e projetos sobre a memória e a história cultural do Estado do Rio; prestar assessoria e consultoria, sempre que solicitado, e opinar sobre questões relacionadas com a cultura, as artes, as ciências sociais e a história; e fomentar a cooperação e o intercâmbio entre academias e entidades congêneres.

Formada por 50 acadêmicos teve sua sede definida pela Lei 2.162, de 07 de novembro de 1927, decretada por Feliciano Pires de Abreu. O Artigo 1º dizia que “o Governo instalará a Academia Fluminense de Letras no corpo central do pavimento superior do edifício da Biblioteca Pública do Estado, que será para esse efeito convenientemente adaptada”. Diz ainda a Lei que “administração da sede, que será privada da Instituição, competirá à sua diretoria, cabendo a sua conservação à Biblioteca. Para o custeio do expediente e auxílio à publicação da sua revista, o Governo subvencionará a Academia com a importância de Cr 7.200$000 anuais em quotas de 600$000”.

Pela cadeira hoje ocupada por Waldenir Bragança desde 2012 já passaram como presidentes Epaminôndas de Carvalho, entre os anos de 1917 e 1918; Homero Pinho, de 1918 a 1919); Belisário de Sousa (sem registro); Joaquim Peixoto (1919-1920); Cônego de Olímpio de Castro (1920-1922); Epaminôndas de Carvalho (1922-1923); Quaresma Júnior (1923-1926); Cônego de Olímpio de Castro (1926-1928); Carlos Maul (1928-1930); Tomé Guimarães (1930-1932); Figueira de Almeida (1932-1934); Horácio Campos (1932-1936); Júlio Eduardo da Silva Araújo (1936-1938); Alberto Fortes (1938-1940); Júlio Eduardo da Silva Araújo (1940-1944); Alberto Fortes (1948-1952); Carlos Maul (1952-1954); Alberto Fortes (1954-1962); Alberto Francisco (1962-1970); Geraldo Bezerra de Menezes (1970-1974); Albertina Fortuna Barros (1974-1978); Lya de Almeida (1978-1979) e Edmo Rodrigues Lutterbach (1979-2011).

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