A imprensa contra Trump
Canais de televisão e jornais de todo o mundo, como New York Times, The Guardian, BBC e Le Monde repercutiram o vídeo postado no twitter pelo presidente dos Estados Unidos, em que Trump aparece lutando contra um homem que tem, no lugar da cabeça, o logotipo da rede de televisão CNN.
O norte-americano Washington Post diz que Trump já publicou mais de 100 tweets criticando a CNN. E que a rede vem contratando, desde a campanha do ano passado, comentaristas a favor do presidente, para manter o equilíbrio das notícias levadas ao ar.
Trump já afirmou diversas vezes que acha que o canal é muito crítico e não diz a verdade sobre o seu governo, e vinha intensificando os ataques nos últimos dias.
No sábado, ele havia dito que iria trocar o apelido que usa para o canal de notícias falsas para notícias fraudulentas. E afirmou que o jornalismo da CNN é lixo.
O canal declarou ser triste que Trump esteja encorajando a violência contra repórteres e que ele se comporte de maneira que não corresponde com a dignidade do cargo de presidente dos Estados Unidos.
Organizações não governamentais também se pronunciaram.
O diretor do Comitê para Proteção dos Jornalistas afirmou que, toda vez que o presidente demonstra sua aversão à mídia, isso prejudica a habilidade dos jornalistas de exercer seu trabalho livremente.
Já a Associação pela Liberdade de Imprensa propôs que, nesta terça, no dia 4 de julho, em que os americanos comemoram sua independência, eles celebrem o direito e o dever da mídia de irritar o presidente. Nada, segundo a organização, é mais norte-americano, ou mais patriótico.