Descoberta no pré-sal de Campos
A Petrobras informa a descoberta de acumulação de petróleo no pré-sal da Bacia de Campos, localizada na área do Campo de Marlim Sul. Esta é a primeira descoberta comercial de petróleo no pré-sal da área de Marlim Sul. A descoberta ocorreu durante a perfuração do poço 6-BRSA-1349-RJS (nomenclatura ANP) / 6-MLS-233-RJS (nomenclatura Petrobras), informalmente conhecido como Poraquê Alto, com profundidade final de 4.568m. O poço que identificou a descoberta está localizado a 115 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em profundidade d’água de 1.107m. A descoberta foi confirmada por meio de dados de perfis, detector de gás, testes de formação a cabo e amostras de fluido. A análise dos dados atuais indica reservatórios carbonáticos com boas características de porosidade e permeabilidade, a 4.420m de profundidade e 45m de espessura com óleo. Esse resultado demonstra o potencial de novas descobertas em bacias maduras, com infraestrutura de produção já implantada.
Lucro de R$ 4,8 bi
O lucro líquido da Petrobras atingiu R$ 4,8 bilhões no 1S-2017, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior e refletindo a melhora no desempenho operacional da companhia, apesar da menor venda de derivados no mercado brasileiro. Esse resultado foi alcançado pelo aumento da receita com exportações, em função de maiores volumes e preços de petróleo, assim como menores despesas de vendas, gerais e administrativas e menores gastos com importações de petróleo, derivados e gás natural, além do ganho apurado com a venda da participação na Nova Transportadora do Sudeste (NTS). Por outro lado, houve gastos com adesão aos programas de regularização tributária (PRT e PERT) e maiores participações governamentais, devido ao aumento da cotação do Brent. No 1S-2017, a Petrobras registrou produção total de petróleo e gás natural de 2.791 mil boed, sendo 2.671 mil boed no Brasil, 6% acima do registrado no 1S-2016. Destacamos a entrada em operação, em maio, da plataforma P-66, na área de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos e o recorde mensal de produção operada de petróleo e gás natural na camada pré-sal, atingido em junho, de 1.686 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). As vendas de derivados no mercado doméstico foram impactadas pela retração da demanda e pela concorrência mais acirrada com os demais players, atingindo 1.943 mil bpd, uma queda de 7% em comparação com o 1S-2016. A companhia manteve sua posição de exportadora líquida com saldo de 401 mil bpd, em função do aumento em 48% das exportações de petróleo e derivados e da redução em 25% das importações, em comparação ao 1S-2016. Contribuiu para a diminuição nas importações o aumento da participação de óleo nacional na carga processada. Com a maior geração operacional e a redução de investimentos , a companhia alcançou um fluxo de caixa livre de R$ 22,7 bilhões no 1S-2017 e de R$ 9,3 bilhões no 2T-2017. Completamos o nono trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo. A continuidade de uma gestão ativa da dívida possibilitou o alongamento do prazo médio de 7,46 anos, em 31.12.2016, para 7,88 anos, em 30.06.2017, bem como a redução do endividamento líquido em dólares em 7%, que passou de US$ 96,4 bilhões em 31.12.2016 para US$ 89,3 bilhões em 30.06.2017. O EBITDA Ajustado foi de R$ 44,3 bilhões no 1S-2017, 6% superior ao mesmo período do ano anterior, tendo alcançado um margem de 33%. No trimestre, o EBITDA Ajustado foi de R$ 19,1 bilhões. Com isso, a métrica financeira Dívida líquida/EBITDA Ajustado traçada pela Petrobras no seu Plano de Negócios e Gestão foi reduzida de 3,54 em 31.12.2016, para 3,23 em 30.06.2017.
Foto: Felipe Dana / Ag. Petrobras