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A defesa do português na ONU


O primeiro-ministro português António Costa (E), durante encontro com o secretário-geral da ONU, o também português António Guterres, em Nova York - FOTO: ONU/KIM HAUGHTON/LUSA

O primeiro-ministro português António Costa defendeu nesta quarta-feira (20), na ONU, uma reforma do Conselho de Segurança, alargando-o a países como o Brasil e a Índia, e frisou que permanece o desejo entre os países lusófonos do português figurar entre as línguas oficiais das Nações Unidas. A informação é da Agência Lusa.

Costa começou por aludir à recente resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a cooperação entre a ONU e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), "que visa precisamente fortalecer as complementaridades entre as duas organizações".

"Aproveito para referir a importância da língua portuguesa, que se afirma hoje como um instrumento de comunicação com dimensão global. Em meados deste século, o português deverá contar com quase 400 milhões de falantes, o que tem justificado a sua elevação a língua oficial em diversos organismos internacionais. A adoção do português como língua oficial das Nações Unidas permanece um desígnio comum dos Estados Membros da CPLP", salientou o primeiro-ministro.

No plano político, Costa defendeu também a reforma do Conselho de Segurança, "para lhe assegurar uma representatividade acrescida do mundo atual".

"O continente africano não pode deixar de ter uma presença permanente, e o Brasil e a Índia são dois exemplos incontornáveis. Por outro lado, a complexidade dos problemas globais que hoje enfrentamos impõe a necessidade de cultivar as parcerias, envolvendo não apenas os Estados, mas também as sociedades civis, as instituições financeiras internacionais, as entidades públicas e privadas", advogou.

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