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Petrobras entrega o filé mignon


O governo entreguista de Michel Temer vai cometer mais um grave crime de lesa-pátria no próximo 27 de outubro, dia em que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) fará dois leilões de petróleo para entregar a petrolíferas estrangeiras oito áreas promissoras do pré-sal, inclusive as situadas ao lado dos dois maiores campos de petróleo do país, Lula e Sapinhoá, operados pela Petrobras, responsáveis pela produção 1,05 milhão de barris/dia de óleo e gás.

Hoje, a produção de petróleo do Brasil - embora isto não seja divulgado - já equivale à do Iraque: 3,37 milhões de barris/dia de óleo e gás. O pré-sal, sozinho, já é responsável pela produção de 1,686 milhões de barris/dia ou 49,6% da produção nacional.

Entregar o entorno de Lula e Sapinhoá é uma irresponsabilidade porque entre os 20 poços mais produtivos do Brasil, hoje, 18 estão nesses dois campos. Além deles, serão ofertadas áreas não contratadas unitizáveis adjacentes aos campos de Carcará, Gato do Mato e Tartaruga Verde.

Serão dois leilões, o segundo e o terceiro no pós-sal, já que o leilão do campo de Libra – o maior de todos, realizado ainda no governo de Dilma, foi o primeiro. Cada leilão terá quatro áreas de exploração a serem ofertadas. A segunda rodada ofertará quatro áreas com jazida unitizáveis, ou seja, adjacentes a campos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida – como em Lula e Sapinhoá. As áreas também se referem às descobertas denominadas Gato do Mato e Carcará e ao campo de Tartaruga Verde, além de Sapinhoá.

Já a terceira rodada ofertará quatro áreas localizadas nas bacias do pré-sal de Campos e Santos, relativas aos prospectos de Pau-Brasil, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central.

Para entender a gravidade dessas entregas, é importante explicar que antes do golpe que levou Temer ao poder, a exploração das jazidas do pré-sal era monopólio da Petrobras graças à Lei da Partilha. Antes a estatal era dona de 30% de todo o petróleo do pré-sal descoberto em 2006, além de operadora única. É o operador único que decide a tecnologia a ser empregada na exploração das jazidas, quantos poços perfurar, quantas plataformas construir; onde contratar tudo isto e, no final, com os poços concluídos e produzindo – medir a produção.

As multinacionais – beneficiadas em 1997 com a lei de concessões de Fernando Henrique Cardoso que quebrou o monopólio criado em 1953 por Getúlio Vargas – nunca se conformaram com a Lei da Partilha, votada no governo Lula, que devolveu à Petrobras o controle da exploração do petróleo brasileiro.

Mas graças à lei entreguista do senador José Serra (PSDB-SP), a Lei da Partilha foi revogada pelo Congresso quase que simultaneamente à votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, defensora da Petrobras. A abertura do pré-sal, na opinião de analistas, foi uma das principais causas do golpe que afastou a presidente Dilma, tanto que um dos primeiros atos de Temer, assim que assumiu o poder, foi sancionar a abertura do pré-sal aos estrangeiros.

Imediatamente, via Agência Nacional de Petróleo e Ministério das Minas e Energia, Temer marcou os dois leilões de entrega de áreas do pre-sal a petrolíferas estrangeiras, antiga reivindicação dessas empresas. Tanto que já se habilitaram para disputar os “leilões” do dia 27, no total, 25 empresas petrolíferas – inclusive algumas das maiores do mundo: Exxon Mobil, Shell, British Petroleum, Chevron e Total.

A ANP, segundo o jornal “Valor”, acredita que nos dois leilões do dia 27 estarão à disposição áreas com produção estimada de 12, 1 bilhões de barris de petróleo distribuídos da seguinte forma: áreas de Peroba, 5,3 bilhões de barris de petróleo; Pau-Brasil, 4,1 bilhão e o resto nos blocos de Alto Cabo Frio Central e Oeste. A responsável pela superintendência de depósitos dos blocos, Eliane Petersohn, acha que as áreas que serão repassadas “tem potencial para descobertas de grande porte”, ou seja, muito mais do que os 12,1 milhões de barris inicialmente estimados.

O pré-sal é a maior descoberta petrolífera do planeta dos últimos 20 anos.

Por conta da descoberta do pré-sal e sua acelerada exploração, a Petrobras se tornou líder mundial na produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, sendo agraciada com os prêmios da Offshore Technology Conference (OTC), o oscar da indústria mundial de petróleo, nos anos de 1992, 2001 e 2015. Para se ter uma ideia da grandiosidade desse resultado, a Petrobras, fundada em 1953, levou 44 anos para atingir o primeiro milhão de barris explorando mais de 4.500 poços em terra e no mar, só atingindo esta marca em 1997. A produção de petróleo nas megajazidas do pré-sal, estimadas em 176 bilhões de barris, atingiu o primeiro milhão de barris/dia, graças à Petrobras, em apenas seis anos após a descoberta – um marco mundial.

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