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ABI promove palestra sobre vida e obra de seu fundador

Para lembrar a data de nascimento do Gustavo de Lacerda, fundador da Associação Brasileira de Imprensa que completaria hoje 170 anos, a diretoria de Igualdade Étnico-Racial da ABI promove neste domingo (21/1), às 16h, no canal ABI TV no Youtube, a entrevista com o historiador Fabio Garcia, autor do livro Gustavo de Lacerda: Vida e obra de um jornalista negro catarinense (1854-1909).

As jornalistas Jamile Barreto e Marielli Patrocínio apresentam este programa que contará também com a participação do aluno do curso de Comunicação da PUC-Rio, Lucas Adeniran.


Lacerda e seus companheiros, ao fundarem a ABI no dia 7 de abril de 1908 objetivavam “criar e manter uma caixa de pensões e auxílios para os sócios e suas famílias, manter um serviço de assistência médica e farmacêutica, instituir o Retiro da Imprensa para velhos e enfermos”, além de “manter no centro da cidade, a sede social com biblioteca, salões de conferência e diversões.”


Os jornalistas Marcos Gomes, presidente do Conselho Deliberativo, e Luiz Paulo Lima, Diretor de Igualdade Étnico-Racial da ABI, afirmam em artigo intitulado 'Ubuntu, Gustavo de Lacerda!' a importância do jornalista para a imprensa nacional:


"O jornalista negro catarinense que há 115 anos fundou a Associação Brasileira de Imprensa, completaria 170 anos neste domingo, 21 de janeiro. A sua contribuição marcante para a imprensa e para a nossa sociedade é inegável. Ao reconhecer e celebrar a herança cultural, social e política deixada por Gustavo de Lacerda nós, jornalistas, devemos reforçar cotidianamente o compromisso com a preservação da história e da memória desse nosso ancestral. A palavra Ubuntu tem origem africana no idioma banto e pode ser traduzida como “eu sou porque nós somos” e, nesse artigo é bom que fique assinalado: 'Nós somos, porque Gustavo de Lacerda foi'", diz o texto.


No artigo, os autores contam um pouco da história do fundador da ABI:


"Filho de Maria das Dores, escravizada e de pai não identificado, Gustavo de Lacerda teve três irmãos: Frederico, Luisa e Maria. Todos nasceram em Desterro, atual Florianópolis, em Santa Catarina.


Sua sobrinha Celuta Maria Fagundes trabalhou na biblioteca da ABI. Trabalhar nos principais jornais que circulavam no Rio de Janeiro, entre eles O Paiz e o Jornal do Brasil, desde a época em que fixou residência na antiga capital, demonstra a dimensão de Gustavo de Lacerda. Além de sua carreira na imprensa, também teve atuação destacada na política ao criar, em 1890, o Centro Operário Radical, uma organização de tendência socialista.


A luta incansável de Gustavo de Lacerda por melhores condições de trabalho e garantias sociais refletia-se nas propostas do Centro Operário Radical, que posteriormente influenciaram na criação de leis trabalhistas no Brasil. Além disso, suas contribuições estendiam-se à Arte e à Educação ao sugerir, em 1892 a criação do Instituto de Educação Popular e estimular a produção de peças teatrais e recitais de poesia.


Vale destacar que Gustavo de Lacerda também serviu ao Exército brasileiro por 12 anos. O historiador Fabio Garcia relata em seu livro que 'Lacerda e seus companheiros republicanos de farda não resistem à repressão do grupo monarquista e são excluídos do Exercito'.


Lacerda morreu aos 55 anos na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, no dia 4 de setembro de 1909. A vida do jornalista Gustavo de Lacerda foi marcada por uma busca incessante por justiça social. O seu exemplo deve servir de inspiração para os jornalistas e comunicadores de hoje e também para as futuras gerações".

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