top of page
banner 100 dias niteroi 780x90 11 04 25.jpg

Abrigo do Estado para mulheres vítimas de violência celebra 18 anos


Maria (nome fictício) viveu uma década sendo submetida a todo tipo de violência pelo companheiro, que por duas vezes tentou matá-la. No último episódio de agressão, no final do ano passado, a ameaçou com uma faca. Desesperada, ela pediu ajuda numa delegacia e foi levada com as duas filhas para o Lar da Mulher, abrigo para vítimas de violência doméstica sob risco de morte.

Foto: Carlos Magno /  GovRJ
Foto: Carlos Magno / GovRJ

Na instituição, mantida pelo Governo do Estado, histórias como a de Maria vêm mobilizando e emocionando a equipe há 18 anos. Desde março de 2007, o Lar da Mulher já transformou a vida de 1.478 mulheres e 1.968 crianças, somando 3.446 pessoas acolhidas e protegidas.


Instalado numa área de 1.300 metros quadrados, com 15 quartos, salas de atividades e um berçário, o espaço é gerido pelo RioSolidario, em parceria com a Loterj e o Governo do Estado, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e da Mulher. O abrigo funciona 24 horas por dia, em local sigiloso do território fluminense, e oferece residência temporária por até seis meses. Em 2024, foram recebidas 107 mulheres e 108 crianças.


"Sendo o único abrigo institucional para mulheres vítimas de violência no Estado do Rio de Janeiro, o Lar desempenha um papel essencial na proteção e reintegração social dessas mulheres. Ao longo de 18 anos, ele vem reafirmando o compromisso do governo em oferecer acolhimento, segurança e oportunidades de recomeço para quem mais precisa" – afirma o governador Cláudio Castro.


Ao chegar no endereço, as mulheres (que podem levar seus filhos menores de idade) recebem apoio psicológico e são atendidas por uma assistente social. O ambiente é decorado para oferecer um clima de tranquilidade para as acolhidas e seus filhos, que contam com brinquedoteca, sala de jogos, refeitório, um jardim e salão de beleza.


"É um lugar para a mulher se ressignificar, para ela recriar a sua história. Temos aqui hoje, por exemplo, mulheres grávidas, mulheres com seus filhos menores de idade, que estão sendo cuidados e encaminhados para a rede de ensino pública básica. Além disso, mães e filhos têm todos os serviços de saúde atendidos, e todo o apoio jurídico e psicológico para prosseguir e ter também uma reestruturação profissionalizante" – diz Paola Figueiredo, presidente do RioSolidario.

Foto: Carlos Magno /  GovRJ
Foto: Carlos Magno / GovRJ

Neste mês da mulher, o RioSolidario, que também celebra 30 anos de existência, está oferecendo uma agenda de atividades e serviços para as residentes. Na última semana, elas assistiram a um concerto de violino e flauta. Para Maria, a estada no Lar da Mulher está sendo uma agradável surpresa. Tanto pelo ambiente acolhedor da casa, quanto pelo apoio e incentivo recebido dos profissionais.


"Quando o delegado perguntou se eu queria ir para um abrigo, fiquei com medo, porque pensava que era um lugar igual aqueles que servem sopão para moradores de rua. Eu me surpreendi: aqui é limpo, tem cama confortável, chuveiro e a comida é boa. E o melhor: minhas filhas não precisaram abandonar a escola" – conta Maria, que recebeu ajuda para regularizar seus documentos, cadastrar-se no Bolsa Família e já planeja voltar a trabalhar quando sair dali.

Foto: Carlos Magno /  GovRJ
Foto: Carlos Magno / GovRJ

Há 18 anos trabalhando no Lar da Mulher, a assistente social Marta Pereira guarda na memória histórias emocionantes de superação. Ela conta que o local recebe mulheres de perfis variados, de diferentes classes sociais.


"Nestes anos vi muitos casos de mulheres que realmente conseguiram romper com o ciclo da violência e recomeçar. Não me esqueço do caso de uma que veio fugida de São Paulo, trazendo as cinco filhas. Ela ficou aqui o prazo máximo de abrigamento. Recuperou-se e recomeçou a vida: casou de novo e encaminhou todas as filhas. Saber disso faz meu trabalho valer a pena" – conta.


Outra vítima que marcou as equipes também chegou de São Paulo. Depois que o marido passou a noite afiando uma faca na cozinha de casa, gritando que iria usá-la para cortar o pescoço da companheira e de toda a família.


"Ela veio com três meninos, além da avó das crianças e uma irmã PcD. Fugiram a pé até chegar em Aparecida (SP) e de lá vieram para o Rio. Passaram a noite na rodoviária até que foram expulsos e pararam na rua. Um taxista viu e levou o grupo a um CEAM. Esta história me tocou muito, mas teve um final feliz porque ela saiu da casa, se reergueu e vive bem" – recorda Marta Pereira.

Foto: Carlos Magno /  GovRJ
Foto: Carlos Magno / GovRJ

Rede de proteção


Qualquer mulher que sofre violência pode buscar ajuda na rede de proteção do estado, responsável pelos encaminhamentos para o Lar da Mulher. É necessário procurar algum CEAM - Centro Especializado de Atendimento à Mulher ou as Delegacias especializadas.


É importante que todas tenham o aplicativo Rede Mulher no celular, uma ferramenta gratuita do Governo do Estado que oferece apoio e segurança às mulheres vítimas de violência doméstica.


Por meio do app, é possível pedir ajuda à Polícia Militar com um clique, registrar ocorrências on-line, encontrar o local de auxílio mais próximo, solicitar medida protetiva, entre outras funções.


Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

Comments


banner 100 dias niteroi 300x250 11 04 25.jpg
Chamada Sons da Rússia5.jpg
Divulgação venda livro darcy.png

Os conceitos emitidos nas matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal. As colaborações, eventuais ou regulares, são feitas em caráter voluntário e aceitas pelo jornal sem qualquer compromisso trabalhista. © 2016 Mídia Express Comunicação.

A equipe

Editor Executivo: Luiz Augusto Erthal. Editoria Nacional: Vanderlei Borges. Editoria Niterói: Mehane Albuquerque. Editor Assistente: Osvaldo Maneschy. Editor de Arte: Augusto Erthal (in memoriam). Financeiro: Márcia Queiroz Erthal. Circulação, Divulgação e Logística: Ernesto Guadalupe.

Uma publicação de Mídia Express 
Comunicação e Comércio Ltda.Rua Eduardo Luiz Gomes, 188, Centro, Niterói, Estado do Rio, Cep 24.020-340

jornaltodapalavra@gmail.com

  • contact_email_red-128
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
bottom of page