Acusado de operar rachadinhas dos Bolsonaros processa Porchat

O humorista Fábio Porchat foi intimado a prestar depoimento à polícia na próxima quarta-feira (24) após Fabrício Queiroz, ex-policial militar e ex-assessor do clã dos Bolsonaros, ter procurado a 32ª DP (Taquara) afirmando que teve a honra atingida após um comentário do apresentador apontando que ele teria ligação com a milícia. Em uma entrevista, no Youtube, Porchat disse que Queiroz "matou gente". Um inquérito foi instaurado na delegacia para apurar o caso. As informações são do Globo.
O Código Penal, em seu artigo 140, descreve a injúria como uma conduta de ofender a dignidade de alguém, e prevê como pena, a reclusão de um a seis meses ou multa. O crime, considerado de baixo potencial ofensivo, será julgado no 16º Juizado Especial Criminal de Jacarepaguá, onde deverá ser proposto, inicialmente, um acordo entre os envolvidos.
O ex-assessor, que chegou a ser preso depois de se tornar réu no processo das rachadinhas no gabinete do senador Flavio Bolsonaro (PL) quando era deputado estadual, é candidato a deputado estadual pelo PTB - partido do ex-deputado Roberto Jefferson, que teve a candidatura à Presidência vetada nesta sexta-feira por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Na divulgação de sua campanha, Queiroz faz questão de atrelar a sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em card divulgado nas suas redes sociais, aparece sorridente ao lado de Bolsonaro com a legenda "Lealdade de verdade".
Nesta semana, o deputado federal André Janones (Avante!-MG), que retirou candidatura presidencial para apoiar o ex-presidente Lula (PT), usou suas redes sociais para ironizar o slogan da campanha de Queiroz. "'Lealdade de verdade' é uma confissão do tipo “eu não entreguei ele em” ou uma coisa tipo “sou um cachorrinho”? Fica aí a dúvida do leitor", escreveu o parlamentar.
Fabrício Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita, sob a acusação de operar o esquema das rachadinhas. O processo, que tornou réu também o filho 01 do presidente e mais 14 pessoas, está em fase de reinício após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular, a pedido da defesa de Flávio, um conjunto de provas que deram prosseguimento ao inquérito.