Advocacia do Senado autoriza CPI a propor delação a Mauro Cid

Em parecer divulgado na tarde desta terça-feira (25), a Advocacia do Senado Federal autorizou a Comissão Parlamentar de Inquérito do dia 8 de janeiro - a CPI do Golpe - a realizar acordos de delação premiada com investigados.
Um dos nomes autorizados é o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cid é um elemento central nas investigações que envolvem Bolsonaro. Ele está preso desde maio por suspeita de envolvimento na adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente. Ele também é investigado por envolvimento na venda ilegal de joias dadas ao governo brasileiro por autoridades estrangeiras durante a gestão Bolsonaro. Ademais ele é alvo de quatro pedidos de quebra de sigilo (telefônico, telemático, bancário e fiscal) protocolados pela CPI do 8 de janeiro.
Com a autorização para o acordo de delação, a Advocacia do Senado dá margem para os planos da relatora da comissão, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que vinha sugerindo propor a colaboração aos investigados.
Além de Cid, outros nomes que estão no radar da senadora, segundo o portal Metrópoles, para possível acordos de delação são: Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro e, depois, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, e o hacker Walter Delgatti Neto.
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