AGU anuncia força-tarefa para investigar Moro e Lava Jato
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A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quarta-feira (6) que vai criar uma força-tarefa para investigar agentes públicos por desvios de conduta cometidos durante a Operação Lava Jato. A decisão foi anunciada após a divulgação da liminar do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as provas obtidas nos acordos de leniência da Odebrecht contra Lula.
Segundo a AGU, o objetivo é apurar "desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos causados por decisões proferidas pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR, contra Luiz Inácio Lula da Silva".
Além de investigar as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi comandada pelo ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União-PR), a Advocacia-Geral vai analisar a conduta de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e de outros juízes que atuaram na Lava Jato. Ao final da investigação, se os envolvidos forem responsabilizados, a AGU quer cobrar indenizações para ressarcimento ao governo federal.
Na decisão de Toffoli, além de determinar a anulação das provas obtidas em delações premiadas da Odebrecht, o ministro também afirmou que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as investigações da Lava Jato pode ser considerada um dos "maiores erros judiciários da história do país”. O ministro disse ainda que a prisão de Lula foi o "verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições que já se prenunciavam em ações e vozes desses agentes contra as instituições e ao próprio STF".