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Alerj vai à Agenersa cobrar saneamento para o Peró

O problema da falta de saneamento básico no Peró, em Cabo Frio, será levado como pauta prioritária à Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) na discussão sobre a renovação quinquenal do contrato com a concessionária Prolagos. Além dos problemas que provocam no Peró, a falta captação e tratamento de esgotos leva os detritos in natura para poluir a Lagoa de Araruama, a Ilha do Japonês e a Praia do Forte através do canal Itajuru.

Divulgação

Saneamento básico e infraestrutura foram os temas do encontro, na noite de quinta-feira, que reuniu moradores e ambientalistas do Peró com o deputado Dr. Serginho, que prometeu encaminhar a reivindicação dos moradores, que integram o movimento Amigos do Peró, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das concessionárias de serviços públicos na Alerj.


"O Peró, com sua Bandeira Azul, é o ponto crucial para salvar a atividade turística de Cabo Frio. Com sua praia belíssima, precisa ter prioridade na solução do grave problema de saneamento básico. É necessária atenção da Prefeitura, gestora da concessão, da Agenersa e da concessionária Prolagos", cobrou o parlamentar.


Na reunião, realizada na Sorveteria da Praia, os moradores também pediram apoio para os problemas de infraestrutura. O principal deles é o acesso, atualmente feito através da comunidade do Jacaré. Eles defendem há anos a pavimentação da Estrada do Nelore, de 2,5 quilômetros, que também vai beneficiar a ligação intermunicipal Arraial-Cabo Frio-Búzios.


"O hotel gasta em média R$ 30 mil por mês para retirar o esgoto com caminhões, pois o saneamento básico do Peró é deficiente. A dificuldade de acesso e sinalização é a maior reclamação dos nossos hóspedes, a maioria procedente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro", comentou o gerente do Hotel Paradiso, Hudson Rangel.


No encontro com o deputado e outras lideranças, o Peró reclamou da desordem na praia na alta temporada. Segundo eles, o quadro foi o pior de todos os tempos devido ao excesso de licenças para ambulantes e loteamento das áreas públicas dos banhistas com a reserva de espaço para aluguel de guarda-sóis, mesas e cadeiras.


O parlamentar defendeu projetos para definir a capacidade de carga das praias, controle e fiscalização de licenças para ambulantes. “O derrame de licenças prejudica os banhistas, os hotéis, os turistas e os próprios ambulantes. A desordem estimula o turista a não voltar” – acrescentou Dr. Serginho.


Os moradores da Ogiva também reclamaram da falta de saneamento básico e dificuldades no acesso à Ilha do Japonês, com problemas graves no trânsito na alta temporada. Já os moradores do Pontal do Peró pediram apoio para obras de infraestrutura e abastecimento de água, já que a Prolagos não tem rede de abastecimento no bairro, que a cada ano recebe mais turistas e moradores.

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