Ameaçada, CPI da Covid pede investigação à Polícia Federal

A CPI da Covid-19 vai encaminhar à Polícia Federal (PF) cópias de ameaças feitas nas últimas semanas a senadores que integram a comissão parlamentar de inquérito.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que integrantes do colegiado estão sendo alvos de ameaças por meio de comunicações pessoais enviadas por aplicativos de mensagens e informou que estará comunicando as ocorrências à Polícia Federal ainda nesta terça-feira (18) para que o caso seja investigado.
Embora não tenha mencionado quem são os alvos, Randolfe deixou claro que são os senadores de oposição. Segundo o parlamentar, as ameaças são fruto de uma ação coordenada.
“Presidente [Omar Aziz], acabamos de oficializar a Vossa Excelência que alguns colegas desta Comissão Parlamentar de Inquérito – eu creio que não devam ser todos – têm recebido nas suas comunicações pessoais, têm recebido no seu WhatsApp, e de diversas formas, diferentes tipos de ameaças, o que me parece ser claramente uma ação coordenada”, afirmou o senador.
O presidente da Comissão, Omar Aziz, disse que ofício será encaminhado à PF e que essas ameaças viraram rotina, mas ‘o trabalho continua’.
“Isso daí está virando uma rotina, mas o papel nosso é continuar trabalhando aqui”, avaliou Aziz.
Nesta terça-feira (10), foi a vez do ex-ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, ser ouvido na CPI sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária provocada pela Covid-19.
Nesta quarta, em depoimento mais aguardado da CPI, será ouvido o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que obteve um habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal para não ser obrigado a dar respostas que o autoincrimine, podendo ficar em silêncio quando for o caso. Todavia, o militar não está isento de falar a verdade quando se tratar de terceiros.