Anvisa mantém autorização para vacinar adolescentes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota na noite desta quinta-feira (16) que contraria a posição do governo, de suspender a vacinação de adolescentes contra covid-19. Segundo a agência, não há evidências que sustentem mudanças nas recomendações previstas para uso da vacina da Pfizer em adolescentes.
A Anvisa informa também que "investiga o caso da morte de uma adolescente de 16 anos após aplicação da vacina da Pfizer", mas salienta que "no momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina".
Segundo a agência, os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina.
A Anvisa aprovou a utilização da vacina da Pfizer para adolescentes de 12 a 17 anos em 12 de junho de 2021.
Mais cedo, o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação de adolescentes sem comorbidades argumentando que a medida seria motivada por cautela, mas citando erroneamente que a Organização Mundial da Saúde não recomenda a vacinação. Na verdade, o que a OMS disse foi que a vacinação de adolescentes não é prioritária.
"Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos", destaca a Anvisa em trecho da nota.
Segundo a Anvisa, até quarta-feira a agência tinha recebido apenas 32 notificações de eventos adversos e um óbito após vacinação de adolescentes com a vacina Pfizer "e nenhum óbito foi relacionado à vacina". A agência informa que o monitoramento é constante.
Ainda segundo a Anvisa, "a administração da vacina Comirnaty [Pfizer/Biontech] em adolescentes de 12 anos ou mais está autorizada em vem ocorrendo em diversos países", como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália.
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