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Após se entregar à PF, Zinho deve fazer delação premiada


Após se entregar na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, localizada na região portuária da cidade, o miliciano Zinho deve realizar uma delação premiada, apontam fontes ouvidas pela Folha de São Paulo.


De acordo com investigadores ouvidos pelo jornal, a expectativa é que ele faça uma delação premiada. No acordo, o miliciano deve entregar nomes de empresários, políticos e policiais que tenham envolvimento com a milícia.


Apontado como líder da maior milícia do estado, o Bonde do Zinho ou Milícia do CL, como é também conhecida, Luís Antônio da Silva Braga está preso na Penitenciária Laércio Costa da Silva Pelegrino, ou Bangu 1, de segurança máxima.


Nas últimas semanas as autoridades policiais realizaram diversas operações com o intuito de prender Zinho, que tem 12 mandados de prisão em seu nome por crimes que vão desde homicídio a lavagem de dinheiro.


De acordo com o portal G1, há 1 semana a equipe de defesa legal de Zinho entrou em contato com a recém criada Secretaria Estadual de Segurança Pública para negociar a rendição do suspeito aos agentes da Polícia Federal.


A rendição aconteceu na mesma semana em que uma operação da PF foi deflagrada para investigar o envolvimento da deputada estadual fluminense Lucinha (PSD) e uma assessora dela com o grupo miliciano. A parlamentar é apontada como o braço político de Zinho e teria usado sua influência para alertá-lo de operações e realizar troca de comandos em batalhões que combatiam sua quadrilha.


O governo do estado do Rio de Janeiro tem trinta dias para solicitar a transferência de Zinho para outra unidade de segurança máxima para fora do estado. Se isso não ocorrer, ele será transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa, dedicada exclusivamente para milicianos. Atualmente a unidade conta com 500 presidiários, alguns dos quais são suspeitos de integrarem a facção de Zinho.


Justiça: 'Criminoso de elevadíssima periculosidade'

Nesta terça-feira (26), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou que a prisão do miliciano foi mantida, depois de audiência de custódia realizada por videoconferência..


A justificativa do juiz Diego Santos, que presidiu o ato, foi a de que "trata-se de criminoso de elevadíssima periculosidade, cuja manutenção nesta unidade/CEAC (Central de Audiências de Custódia da Comarca da Capital) colocaria em risco a segurança de todos os personagens envolvidos na realização do presente ato, além do próprio custodiado e outros detentos que se encontram custodiados nesta unidade prisional".


Zinho estava foragido desde 2018 e tinha doze mandados de prisão contra ele. Considerado Número Um das milícias no estado, ele é tido como o responsável pelos ataques em série que terminaram com mais de 30 ônibus incendiados na região metropolitana, em 23 de outubro.


Com informações da Agência Sputnik e Agência Brasil

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