Apesar da greve, Niterói reabre sete escolas da rede
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Apesar da greve, Niterói reabre sete escolas da rede


Foto: Douglas Macedo / Prefeitura de Niterói

O Sepe-Niterói (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) decidiu em assembleia nesta segunda-feira (26/4) manter e reforçar a greve dos convocados ao ensino presencial, aprovada no dia 6 de abril, e anunciou uma paralisação nas aulas remotas por 48 horas, nos dias 29 e 30 de abril, em protesto à precariedade do sistema de ensino a distancia, à instabilidade da plataforma contratada para as aulas online e à exclusão digital dos alunos, conforme noticiou o TODA PALAVRA.


Segundo Thiago Coqueiro, um dos diretores do sindicato, a “Greve pela vida e pela vacina” tem o objetivo de preservar o afastamento dos servidores da educação convocados para o trabalho presencial em sete escolas que iniciam o ano letivo nesta terça-feira (27/4), em sistema híbrido.


"É uma resposta à decisão da Secretaria Municipal de Educação de reabertura das escolas em um cenário de morte e contágio, em plena terceira onda da Covid-19. Tivemos uma reunião do CME (Conselho Municipal de Educação) com o secretário Vinicius Wu na tarde de ontem (segunda, 26/4) e colocamos nossas preocupações. Mesmo assim, ele disse que pretende abrir as escolas e fazer um teste. Mas, e se não der certo? A comunidade escolar não pode correr esse risco", afirma Coqueiro.


Segundo o diretor do Sepe-Niterói, o Secretário Municipal de Educação Vinicius Wu ignorou a posição contrária do corpo docente das escolas e as reclamações sobre a falta de estrutura das unidades. Ele conta que os professores querem voltar a dar aulas presenciais e estão cansados do sistema remoto, mas que pretendem manter a decisão de não se expor aos riscos de infecção até que todos estejam vacinados.

Foto: Reprodução Redes Sociais

Mesmo com a greve, a prefeitura insistiu na decisão de começar nesta terça (27/4) a primeira fase de implantação do ensino híbrido (aulas presenciais e em formato remoto) em sete escolas da rede municipal de educação. São elas: EM Levi Carneiro (2° ano), em Pendotiba; E.M. Governador Roberto Silveira (1° ano), Morro do Castro; e a E. M. Prof. André Trouche (1° ano), no Barreto; a UMEI Renata Gonçalves Magaldi, no Fonseca (GREIS 4 e 5); UMEI Profª Nina Rita Torres, em Piratininga (GREI 5); UMEI Jacy Pacheco, no Barreto (GREI 5); e UMEI Darcy Ribeiro, em Charitas (GREI 5).


O formato semipresencial será adotado de forma gradual, e outras sete unidades escolares serão reabertas no dia 3 de maio: E.M. Anísio Teixeira (1° ano), em São Domingos; E.M. Maestro Heitor Villa-Lobos (1° ano), na Ilha da Conceição; UMEI Vinícius de Moraes (GREI 5), no Sapê; UMEI Rosalda Paim (GREI 5), no Centro, UMEI Eduardo Campos (GREI 5), Maria Paula; e UMEI Regina Leite Garcia (GREI 5), no Fonseca.


A reabertura seguirá regras estabelecidas no Plano de Retomada das aulas que prevê o distanciamento social entre os alunos, uso de máscara de proteção obrigatória, além de revezamento entre os estudantes. O ensino híbrido não será obrigatório e, a cada semana, novas turmas e escolas poderão ser reativadas.


“Desde o início do ano, nos preparamos para o retorno das aulas nos cenários híbrido e remoto, com uma série de iniciativas que inclui inclusão digital para alunos e professores e mecanismos de segurança contra o vírus nas escolas. Iniciamos o ano letivo com aulas on-line em uma plataforma customizada, que continuará sendo utilizada no ensino híbrido durante o revezamento dos alunos. A educação de qualidade é nossa prioridade, não vamos deixar nenhuma criança para trás”, afirmou.

O presidente da Fundação Municipal de Educação, Fernando Cruz, disse que as unidades da rede passaram por um processo de sanitização, que será repetido a cada três meses, e estão equipadas com materiais de segurança individuais e coletivos, como álcool em gel, sabonete líquido, máscara face shield, tapete sanitizante e lixeiras com pedal. Cada escola será responsável por limitar o número de alunos em sala, com a capacidade de até 50% das turmas ocupadas.

Foto: Douglas Macedo / Prefeitura de Niterói

“Trabalhamos intensamente para preparar as escolas com obras de reforma e manutenção em diversas unidades. Esse processo será mantido ao longo de todo o ano para modernizar e elevar a infraestrutura da rede. Além disso, as escolas estão sendo adaptadas para esse retorno, com marcação no chão, corredor e salas de aula”, completou.


Segundo Fernando Cruz, os protocolos de retorno às aulas semipresenciais seguirão as especificidades de cada unidade, com as regras estipuladas de acordo com o documento “Diretrizes para a Construção dos Planos Locais de Retorno às Atividades Presenciais da Educação Municipal de Niterói”.


Os planos locais foram elaborados pelas unidades da rede municipal no ano passado, listando obras, reparos, adaptação dos espaços, reposição e instalação de equipamentos, além de carências e necessidades de cada escola e seus profissionais, com o intuito de preparar os ambientes escolares para uma futura volta ao presencial.


"O governo municipal não realizou o que está indicado nos planos locais. As cartas abertas divulgadas semana passada pelas escolas mostram que é preciso fazer muito ainda para que elas possam reabrir com segurança", pondera o diretor do Sepe-Niterói.


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