Após fuga para EUA, líder do PT pede prisão de Ramagem ao STF
- Da Redação
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) pediu nesta quinta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine a prisão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para que o nome do parlamentar seja incluído no sistema de difusão do alerta vermelho da Interpol. A inclusão faria com que ele passasse a ser procurado em 196 países.
Condenado a 16 anos de prisão pela trama golpista liderada por Jair Bolsonaro (PL), Ramagem cumpria medida cautelar com uso de tornozeleira eletrônica e estava proibido de deixar o país por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mas já estaria morando em um condomínio de luxo em Miami, nos Estados Unidos. Delegado de polícia, Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
“Diante da fuga do delegado Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão no processo da trama golpista, acabo de protocolar duas medidas fundamentais para impedir a sua impunidade. A primeira: uma petição ao STF relatando a fuga para os EUA, o uso de passaporte irregular, a violação das cautelares e o risco concreto à aplicação da lei penal, com pedido de prisão preventiva, inclusão no sistema de difusão do alerta vermelho da Interpol e, após o trânsito em julgado, a extradição para cumprir pena no Brasil”, disse Farias, em suas redes sociais.
O líder do PT vê sinais de que Ramagem vinha mantendo atividades parlamentares remotamente, mesmo após ter fugido para os EUA. Por isso, também pediu os devidos esclarecimentos da Mesa Diretora da Câmara.
“A segunda medida foi dirigida à Mesa da Câmara: pedi esclarecimentos sobre os atos administrativos envolvendo a suposta concessão de licença ‘médica’ e/ou autorização de saída do país, a aparente ausência de publicação no Diário Oficial, informações sobre eventual certificação de presença e possível utilização de celular no exterior para fins de marcar presença e realizar votação irregular à distância, com o objetivo de apurar o que aconteceu”, afirmou.






