Argentinos se mobilizam em defesa de Cristina Kirchner
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Argentinos se mobilizam em defesa de Cristina Kirchner


(Foto: Divulgação/La Cámpora)

No sábado (27), milhares de argentinos marcharam na Argentina para manifestar apoio à vice-presidente Cristina Kirchner. Esta semana, o Ministério Público argentino pediu a condenação da dirigente a 12 anos de prisão em processo criticado como mais um episódio de lawfare - perseguição judicial - contra líderes de esquerda.


Segundo a agência Télam, marchas foram realizados por todo o país para demonstrar apoio à ex-presidente, mas foi na capital Buenos Aires que a situação se agravou. O portal C5N classificou as marchas como "históricas".

"Finalmente a mobilização passou pelas cercas. A polícia com provocações até o fim. Muitas, muitas pessoas na frente da casa de Cristina Kirchner e em todos os arredores."


O governador da capital, Horácio Rodríguez Larreta, mandou instalar barreiras nas proximidades da residência de Cristina, o que foi visto pelos peronistas como uma tentativa de desmobilizar os atos e provocação à vice-presidente


"Hoje acordei com a esquina da minha casa literalmente sitiada. As cercas colocadas pelo Sr. Larreta [...] querem proibir manifestações absolutamente pacíficas e alegres de amor e apoio, que acontecem diante da já inegável perseguição do partido judicial", disse Cristina em nota.


"A lógica do Sr. Larreta é a mesma lógica do partido judicial. Para macristas: cuidado e proteção. Para os peronistas: cercas, infantaria da polícia da cidade e até paus, gás lacrimogêneo e spray de pimenta como segunda à noite. O que foi dito naquele dia à noite: eles nunca foram e nunca serão democráticos", completou.

Larreta é aliado do ex-presidente Maurício Macri, faz oposição ao governo de Alberto Fernández e é um dos potenciais candidatos para disputar as eleições presidenciais de 2023 pelo campo oposicionista.


"Todos e todas para a praça de Juncal e Paraná"


A polícia da cidade reprimiu manifestantes com jatos d'água, gás lacrimogênio e golpes de cassetete. Um jornalista, Ezequiel Guazzora, foi agredido pelas forças policiais e parlamentares kirchneristas foram detidos. Peronistas denunciaram ainda que agentes da cidade estariam filmando manifestantes.

O presidente Alberto Fernández criticou o governador portenho e exigiu que sejam cessadas as provocações contra a vice-presidente. "É imprescindível que o assédio à vice-presidente Cristina Kirchner cesse e que se garanta o direito de livre expressão e manifestação dos cidadãos", escreveu no Twitter.

"Expresso meu mais enérgico repúdio à violência institucional desencadeada pelo Governo da Cidade diante de uma manifestação massiva de cidadãos se expressando livremente e em democracia."


Presidentes latino-americanos apoiam Cristina Kirchner

Presidentes de quatro países latino-americanos divulgaram um manifesto na quarta-feira (24) em defesa de Cristina. Andrés Manuel López Obrador (México), Luis Arce (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina), assinaram um documento conjunto em que condenam "estratégias de perseguição judicial para eliminar opositores políticos”.


Os chefes de Estado afirmam que o objetivo desta “perseguição” é afastar a vice-presidente da “vida pública, política e eleitoral, bem como enterrar os valores e ideais que ela representa, com o objetivo final de implantar uma modelo neoliberal”.


O sociólogo Javier Calderón, disse à rádio Telescópio, da Sputnik, que "atacar Cristina Fernández tem o objetivo de limitar seu potencial eleitoral diante das próximas eleições, mas também busca disciplinar o governo para que se sintam impedidos de seguir as decisões dela durante esse um ano e meio que resta de gestão".


"Eles tentam tirar peso das opiniões da vice-presidente, tentam silenciá-la e que suas declarações não têm o eco que têm na sociedade argentina. Isso é muito perigoso e delicado", destacou.

"Estamos diante da renovação da perseguição judicial ou guerra judicial na América Latina, algo preocupante. Vimos isso com Lula no Brasil e sua proibição de ser candidato presidencial, o que deu a Jair Bolsonaro a possibilidade de chegar ao governo", assegurou.


Denúncia do Ministério Público

O Ministério Público da Argentina solicitou, na segunda-feira (22), uma pena de 12 anos de prisão contra Kirchner por um suposto caso de corrupção envolvendo superfaturamento de obras públicas na província de Santa Cruz.


Cristina Kirchner é acusada de liderar um esquema ilícito de fraude para favorecer o empresário Lázaro Baez, que tinha uma relação próxima com os Kirchner. Baez é dono da Austral Construções, empreiteira fundada após a eleição de Néstor Kirchner e que mais venceu licitações para obras durante as gestões do ex-presidente. Segundo da denúncia, os crimes de superfaturamento de obras teriam ocorrido entre 2007 e 2015.


A partir de agora, Kirchner tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa. O processo ainda pode levar vários meses, mas a expectativa é que o veredicto saia antes do final do ano.


Fonte: Agência Sputnik

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