Ataque a tiros em aldeia yanomami mata criança e deixa cinco feridos
- Da Redação
- 4 de jul. de 2023
- 2 min de leitura

Uma criança morreu e cinco indígenas ficaram feridos durante um ataque a tiros a uma aldeia yanomami na região de Parima, em Roraima. Um helicóptero foi enviado de Boa Vista para auxiliar no atendimento às vítimas.
O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) não informou quem foram os responsáveis pelo ataque, mas disse que eles fugiram do local. Servidores do MPI se deslocaram para a aldeia, junto com policiais federais, militares e agentes da Força Nacional de Segurança.
“O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, informa a nota do ministério.
No local fica uma base de apoio da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que prestou atendimento aos feridos - dentre os quais, segundo a Folha de São Paulo, há crianças e adultos, inclusive em estado grave.
Este não é o primeiro ataque que se tem notícia desde o início da operação de desintrusão do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami TIY), no início do ano, que começou após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajar ao local e o governo federal decretar estado de emergência sanitária na região.
O garimpo ilegal na TIY quase triplicou no ano passado na comparação com 2020, quando a PF iniciou monitoramento na região e o garimpo ocupava 14 km² do território. No ano seguinte, passou para 23,7 km² e chegou a 41,8 km² em 2022, em razão de o governo de Jair Bolsonaro (PL) ter incentivado a atividade e ter sucateado o Ibama e outras instâncias de proteção e combate à exploração ilegal. Bolsonaro chegou inclusive propor um projeto de lei para regulamentar o garimpo nos territórios indígenas.
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