Ataque armado mata aluna em escola da rede estadual de SP
- Da Redação

- 23 de out. de 2023
- 2 min de leitura

Uma aluna morreu e outras duas ficaram feridas, nesta segunda-feira (23), após um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo. Segundo o governo paulista, um outro aluno se machucou ao tentar fugir do ataque. Todos os feridos foram levados para o Hospital Geral de Sapopemba.
A aluna que morreu, Giovanna Bezerra, 17, levou um tiro na cabeça. As duas feridas foram socorridas e uma delas já recebeu alta.
De acordo com a nota divulgada pelo governo estadual, a Polícia Militar prendeu o autor dos disparos, de 16 anos de idade, que entrou na sala de aula atirando. A arma usada no crime foi apreendida. Os nomes do autor dos disparos e os das estudantes feridas não foram divulgados. O governo de São Paulo lamentou o ataque e expressou solidariedade às vítimas e famílias.
De acordo com relatos de estudantes, o ataque foi supostamente realizado por um aluno do 1° ano do Ensino Médio, que teria entrado na escola armado e efetuado os disparos.
Pela rede social X, antigo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o ataque e criticou a normalização do acesso a armas de fogo por jovens.
"Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas", publicou o presidente.
Mais adiante, em nova postagem, Lula voltou a criticar o acesso a armas por criança: Quando eu pedi para o ministro @Jaderbfilho colocar biblioteca em todas as unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, era para democratizar a leitura. Criança não é pra ter acesso a arma. É pra ter acesso aos livros", disse Lula.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também usou a rede social X para expressar solidariedade às vítimas, famílias e à comunidade escolar, e dizer que acionou o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça para auxiliar a polícia de São Paulo. O laboratório especializado em crimes cibernéticos foi convocado como parte dos esforços para entender a extensão das atividades do agressor, assim como investigar possíveis conexões dele com outros criminosos.
"Acionei o nosso Laboratório de Crimes Cibernéticos para identificar eventuais conexões do agressor. Ajuda na investigação e pode prevenir outras situações conexas, se houver um grupo em torno do agressor”, disse o ministro.
Governador: 'A gente não queria ter falhado'
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu que ocorreu “alguma falha” na segurança que contribuiu para a efetivação do ataque na Escola Estadual Sapopemba.
"Se você me perguntar se eu tenho todas as respostas para lidar com esse tipo de situação, eu sinceramente não tenho. Ninguém quer ver alunos morrendo. Ninguém quer isso. A sensação que fica é de frustração. O governo falhou? Provavelmente, falhamos em alguma coisa. A gente não queria ter falhado", disse Tarcísio durante uma visita ao local da tragédia, de acordo com o site Metrópoles.










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