Ataque de Israel mata líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano
Um ataque aéreo promovido nessa sexta-feira (27) pelas Forças Armadas de Israel em Beirute, capital do Líbano, matou Sayyed Hassan Nasrallah, líder do grupo armado libanês Hezbollah. A morte do líder foi confirmada pelo próprio Hezbollah e também por Israel neste sábado (28).
O bombardeio de Israel a Beirute deixou pelo menos seis pessoas mortas e outras 91 feridas, segundo o governo do Líbano. O ataque foi realizado horas depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sob vaias e protestos de delegações de vários países, discursar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
De acordo com a nota do Hezbollah, Nasrallah "juntou-se aos seus grandes e imortais camaradas mártires que ele liderou por cerca de 30 anos".
O Hamas, por sua vez, declarou neste sábado uma frente unida com o Hezbollah depois que este último confirmou oficialmente a morte de seu líder.
"Nós, o movimento Hamas, diante deste crime e massacre sionista, devemos renovar nossa solidariedade absoluta e nos unir aos nossos irmãos do Hezbollah e da resistência islâmica no Líbano, que estão participando com nosso povo e da operação Dilúvio de Al-Aqsa [um ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023] em defesa da mesquita de Al-Aqsa e dos direitos legítimos do nosso povo e sua aspiração por liberdade, independência e autodeterminação", disse o Hamas em uma declaração obtida pela Sputnik.
O grupo palestino lamentou com as nações islâmicas a morte de Nasrallah e expressa seu apoio ao povo palestino e sua resistência no enfrentamento do "inimigo sionista", acrescentou o comunicado.
Em uma nota oficial emitida na manhã deste sábado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) declararam que, durante os bombardeios em Beirute na sexta-feira (27), Nasrallah e o comandante da chamada Frente Sul do grupo, Ali Karaki, foram mortos junto a outros comandantes.
A morte de Hassan Nasrallah pode escalar o conflito. Autoridades do Irã já declararam que estarão ao lado do Hezbollah.
Comentários