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Bactéria amazônica pode ajudar a curar herpes e câncer de mama

Um estudo realizado por cientistas do Instituto Tecnológico Vale (ITV-DS), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e de instituições parceiras descreve de forma animadora o potencial terapêutico de um composto químico produzido por uma nova bactéria encontrada no solo amazônico na região de Paragominas, leste do Pará. O composto químico demonstrou propriedades viricidas, bactericidas e foi capaz de eliminar células cancerosas sem danificar células saudáveis, segundo os descobridores.

Sequenciamento genômico da bactéria foi realizado pelo ITV. O instituto é referência em análises moleculares. Em cinco anos, foram produzidos 12 mil marcadores genéticos da fauna e flora da Amazônia / Foto: Miguel Aun

A pesquisa estudou o potencial farmacêutico de uma cepa de bactéria da espécie Pseudomonas aeruginosa. A bactéria produz um surfactante de origem microbiana ou biossurfactantes chamado de ramnolipídeo. Esse composto demonstrou resultados promissores contra microrganismos patogênicos de interesse médico e veterinário.


O estudo avaliou também a toxicidade do composto em relação a três tipos de vírus (herpes simples, coronavírus murino e vírus sincicial respiratório). Uma solução do composto, com uma concentração de 250 µg/mL, inibiu 97% da atividade viral nos três tipos de vírus citados. Resultados semelhantes foram observados com uma solução de 50 µg/mL, por 15, 30 e 60 minutos, sugerindo que a eficácia viricida está relacionada ao tempo de exposição do vírus ao biossurfactante.


Um outro teste mostrou que o ramnolipídeo (biossurfactante), na concentração de 12,5 µg/mL, apresentou potencial seletividade na redução da proliferação de células tumorais de mama, após um minuto de exposição em laboratório.


Para José Pires Bitencourt, do ITV e um dos autores do artigo, o composto “é uma substância que auxilia a bactéria a captar algum nutriente que seja interessante para o seu crescimento, além de auxiliar na comunicação entre bactérias da mesma espécie”. Segundo ele, durante o estudo, todas as concentrações do composto diminuíram a viabilidade das células cancerígenas para menos de 50% em 72 horas, demonstrando um potencial antitumoral comparável aos níveis alcançados pela quimioterapia padrão.


Bitencourt explica que as condições ambientais do solo amazônico são propícias para compostos de interesse farmacêutico, como o estudado pela pesquisa.


“Diferentes subespécies de bactérias encontradas em várias condições de solo produzem biossurfactantes, influenciadas por fatores como clima, evolução do solo, regime hídrico, interação com outros organismos e impacto humano”.


Para Sidnei Cerqueira dos Santos, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e um dos autores do artigo, o ramanolipídeo também “pode ser usado como estratégia de sobrevivência dessas bactérias em ambientes desfavoráveis, para reduzir ou inibir a toxicidade celular, como por exemplo solo contaminado por metais”.


O composto apresenta grande potencial para o desenvolvimento de novas formulações para o controle de microrganismos, vírus e tratamento do câncer de mama.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale


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