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Banco Central eleva juros básicos da economia para 10,75% ao ano

Atualizado: 19 de set.


A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou, nesta quarta-feira (18), a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro


A decisão marca a retomada da elevação de juros, que não havia ocorrido ainda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A última alta foi em agosto de 2022, já no final do governo de Jair Bolsonaro (PL), quando houve um aumento de 12,75% para 13,25% ao ano.


Votaram por essa decisão tanto os diretores indicados pelo ex-presidente Bolsonaro - Roberto Campos Neto (presidente), Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso, Carolina de Assis Barros e Renato Dias de Brito Gomes - quanto os indicados pelo presidente Lula - Ailton de Aquino, Gabriel Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira.


No comunicado, o Copom informa que a decisão desta quarta-feira é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.


Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou negativo em 0,02%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda no preço da energia puxou o índice para baixo, mas o alívio na inflação é temporário.


As tarifas de luz subirão a partir de setembro por causa da bandeira tarifária vermelha. Além disso, a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o choque de oferta de alimentos não seja resolvido por meio de juros.


Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,24 em 12 meses, próximo do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.


No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 4%, mas a estimativa pode mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de setembro.


Com a Agência Brasil

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