Banda de Ipanema avisa que não vai desfilar no Carnaval
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Banda de Ipanema avisa que não vai desfilar no Carnaval


(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Num claro recado ao prefeito Eduardo Paes, que tem confirmado o Carnaval no Rio de Janeiro, um dos blocos mais tradicionais da cidade já avisou que não vai desfilar no carnaval de 2022. A Banda de Ipanema anunciou que os desfiles foram cancelados por causa da pandemia de covid-19 e dos casos de influenza.

O bloco, que é Patrimônio Cultural Carioca e primeiro bem imaterial tombado na cidade, avaliou que ainda há riscos para a população, ainda que adotadas as medidas de proteção como a vacinação, o uso de máscaras, a higiene das mãos e o distanciamento social. Para a agremiação, a alegria do carnaval não pode conviver com o medo de contágio.

“É com pesar que damos essa notícia depois de quase 60 anos de desfiles ininterruptos pela cidade”, disse o presidente da Banda de Ipanema, Cláudio Pinheiro.

Durante o carnaval, o bloco costuma realizar três grandes desfiles e uma apresentação para crianças na Praça General Osório. Os encontros arrastam verdadeiras multidões pelas ruas ao som de um repertório musical que passa por marchas, sambas, sambas-enredo, sambas de quadra, bossa nova, choros, frevos, maxixes, cocos, valsas e clássicas adaptadas.

Em 2023, a Banda de Ipanema completará 59 anos e promete compensar a ausência do ano anterior com três desfiles memoráveis para festejar o fim da pandemia. “Espero que a gente possa superar esse momento no mundo inteiro com saúde da população a ponto de que em 2023 possamos retornar com toda a força, toda segurança e saúde trazendo mais uma vez a alegria para toda a população”, afirmou o presidente.

“Para 2022 não poderemos estar nas ruas e já cancelamos os nossos desfiles. Um abraço para todos e muitas felicidades”, completou Cláudio Pinheiro.

Em novembro, a cantora Preta Gil já tinha anunciado, que por causa da pandemia, o Bloco da Preta, que também costuma reunir muita gente, não desfilará em 2022. Em 2020 o bloco levou para as ruas mais de 300 mil pessoas.

Prefeitura

Até agora, a Prefeitura do Rio de Janeiro entende que dadas as atuais condições epidemiológicas da cidade, os desfiles das escolas de samba, por serem realizados no Sambódromo, um lugar que permite um controle maior do público, podem ocorrer.

No entanto, com relação aos blocos de rua, ainda não há uma decisão. O prefeito Eduardo Paes já informou que, passado o réveillon, a prefeitura deve se reunir com os representantes dos blocos para analisar as possibilidades.

Mais casos de covid

O prefeito disse nesta quinta-feira que o percentual de positividade de covid-19 nos testes realizados na última semana aumentou na capital. Conforme os números, a taxa subiu para 5,5% e antes estava em 0,77%. Segundo ele, o importante nesta situação é verificar a evolução da curva que já vem sendo notada pela população e tem se confirmado na testagem.

“Nós tivemos uma taxa de positividade da covid em 0,77%. A taxa subiu para 5,5% na última semana. Nós já vimos 80%, mas o importante aí não é o número, o importante é a curva que verificamos na última semana. Isso que vamos sentindo e ouvindo as pessoas no nosso entorno falar, começamos a perceber também na testagem”, afirmou.

Para Eduardo Paes, é possível que haja um aumento dos casos da doença na cidade, mas ele ressaltou que ainda não há impacto no número de internações.

“Parece inevitável, isso vamos monitorando, mas a gente deve ter certamente um aumento significativo dos casos de covid. Isso ainda não se manifestou em internações e problemas mais graves, mas estamos preparados para isso e mobilizados”, disse.

Segundo o prefeito, não há mais ambiente para novas restrições, e pediu que a população fique atenta e se preserve, especialmente, das aglomerações.

“As pessoas estão sempre me perguntando sobre o réveillon em Copacabana. Esse é o que menos me preocupa. Me preocupa muito mais, as festas que as pessoas fazem em ambiente fechado, as famílias se encontrando agora no dia 31 de dezembro. Isso, em geral, são locais de transmissão muito mais intensos. Então, quem tiver com sintoma de gripe vai testar. Se tiver com algum sintoma e não conseguiu testar, deve evitar o contato com muita gente em ambiente fechado. A pessoa deve se preservar, se cuidar e a gente vai monitorando e torcendo, para que, primeiro, as pessoas se vacinem. Aqueles que ainda não tomaram a sua dose de reforço, que o façam o mais rápido possível e, principalmente, que as pessoas entendam que essa é uma doença que está aí e a gente precisa tomar todos os cuidados", disse o prefeito.

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