BC eleva juros básicos da economia para 14,25% ao ano
- Da Redação
- 19 de mar.
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A alta do preço de alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, a 4ª maior do mundo.
O anúncio significa a quinta alta seguida na Selic. Com a decisão, o Brasil terá uma taxa real de 8,79%. A Turquia lidera o ranking, com 11,9%, seguida por Argentina, com 9,35%, e Rússia, com 8,91%..
Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e duas de 1 ponto percentual.
Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro. As próximas reuniões do Copom foram marcadas para acontecer nos dias 6 e 7 de maio.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação. Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 1,48%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fim do bônus de Itaipu sobre a conta de luz e o preço de alguns alimentos contribuíram para o índice.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Copom, é de até 4,5%.
A taxa básica de juros é usada em negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). É uma referência para as demais taxas da economia. O Banco Central faz operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais, para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.
Se o Copom aumenta os juros, encarece o crédito, contém a demanda, e, neste cenário, os preços baixam, porque as pessoas estão com menos dinheiro para consumir. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores para definir os juros, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
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