Beirute: confronto deixa mais de 100 pessoas feridas

Milhares de pessoas invadiram a Praça do Mártir de Beirute, em frente ao Parlamento do Líbano, neste sábado (8), para protestar e até pedir "forca" para os governantes, a quem responsabilizam pela explosão que matou mais de uma centena de pessoas e causou ferimentos em outras 4 mil. O ato rapidamente acabou em confronto entre os manifestantes e polícia.
As forças de segurança tentaram, sem sucesso, retirar do local os manifestantes. Alguns presentes no protesto arremessaram pedras contra a polícia, que, por sua vez, lançou gás lacrimogêneo na multidão.
Mais de 15 ambulâncias foram até o local do protesto. Os informes iniciais da Cruz Vermelha indicam que cerca de 109 pessoas ficaram feridas, sendo que 22 delas tiveram que ser hospitalizadas, enquanto as outras foram tratadas no local.

Mortos por explosão chegam a 158
Os manifestantes pedem a renúncia do governo libanês e reformas no país. A insatisfação cresceu após a explosão no porto de Beirute da última terça-feira (4), que, segundo as autoridades, foi causada por toneladas de nitrato de amônio armazenadas impropriamente no local. Segundo o último boletim o Ministério da Saúde do Líbano, a tragédia deixou pelo menos 158 mortos e cerca de 6.000 feridos.
Além disso, dezenas de casas e automóveis foram danificados. Aproximadamente 300 mil ficaram desalojadas.
A multidão reunida na principal praça de Beirute acusa o governo de negligência e culpa as autoridades pelo ocorrido. Os manifestantes representaram forcas no ato, onde enforcaram simbolicamente os governantes libaneses.
O protesto de hoje é o maior desde a explosão. Os manifestantes planejavam realizar um funeral simbólico das vítimas fatais. Próximo ao Parlamento, algumas pessoas tentaram pular barreiras e entrar no local. Mais tarde, um caminhão que fazia parte de uma barricada foi incendiado.
O Exército emitiu um comunicado pedindo para que os manifestantes mantenham a calma, não bloqueiem ruas e ataquem propriedade privada. A polícia, por sua vez, pediu para as pessoas protestarem de "maneira civilizada".
Com a Sputnik e CNN