Bia Ferreira fica com a prata e faz história no boxe
Campeã sul-americana, campeã pan-americana e campeã mundial em 2019, Beatriz Ferreira (60kg) chegou mais longe do que qualquer outra mulher na história do boxe brasileiro. Ela encerrou neste domingo (8,) um ciclo praticamente perfeito. A derrota por unanimidade para a irlandesa Kellie Anne Harrington (Irlanda) garantiu ao Brasil a quinta medalha de prata nos Jogos de Tóquio.
Antes de Bia Ferreira ganhar a medalha de prata, o melhor resultado do boxe feminino brasileiro tinha sido em Londres-2012, com o bronze de Adriana Araújo.
A conquista de Bia garante a melhor participação do boxe brasileiro na história e deixa o boxe como o esporte que mais garantiu medalhas ao Brasil em Tóquio. Antes dela, Hebert Conceição havia conquistado um ouro, e Abner Teixeira, um bronze.
Apesar de toda a tensão que cerca uma final olímpica, Bia conseguiu encaixar seus golpes desde o início da luta e mostrar sua superioridade aos árbitros diante da irlandesa, campeã mundial em 2018 e vice em 2016.
Conhecida como colecionadora de nocautes, Bia tentava faturar o inédito ouro para uma boxeadora brasileira. Das seis medalhas olímpicas da história do país, apenas Robson Conceição e Hebert Conceição subiram no lugar mais alto do pódio, na Rio-2016 e em Tóquio-2020, respectivamente, além do bronze de Adriana Araújo.
Confira a campanha de Bia nos Jogos Olímpicos:
Oitavas de final: 5 x 0 sobre Shih-Yi Wu (Taipei)
Quartas de final: 5 x 0 sobre Raykhona Kodirova (Uzbequistão)
Semifinal: 5 x 0 sobre Mira Potkonen (Finlândia)
Final: 5 x 0 para Kellie Anne Harrington (Irlanda)