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BNDES projeta lançar 'Blue Bonds' para preservação dos oceanos


(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (2) que a instituição pretende lançar “Blue Bonds”, ou “títulos azuis”, para estimular a preservação dos oceanos. Esses títulos seriam equivalentes aos “Green Bonds” (“títulos verdes”), que o banco emitiu em 2017.


Os recursos destes títulos verdes, emitidos no mercado internacional, com prazo de sete anos e valor de US$ 1 bilhão, destinavam-se a financiar investimentos relacionados a projetos de energia eólica e solar.


O governo federal também lançou seus títulos verdes, em 2023 e 2024, que renderam, juntos, US$ 4 bilhões.


“Estamos conversando com várias autoridades internacionais para ver se, na COP 30, a gente consegue também lançar o Blue Bonds. Tem o Green Bonds, o Bônus Verde. Por que não Bônus Azul? Por que, com toda essa economia do mar, a gente não consegue lançar títulos para preservar, para financiar e o mercado financeiro ajudar a viabilizar?”, disse Mercadante, em evento sobre financiamento de projetos de preservação da biodiversidade no oceano, no Rio de Janeiro.


Segundo a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, para cuidar dos oceanos, são necessários bilhões de reais. “Estamos aportando recursos que nunca ninguém aportou antes, de R$ 350 milhões, no programa BNDES Azul [voltado para a preservação dos oceanos]. Mas nós precisamos de bilhões para cuidar do oceano. Estamos dando um primeiro passo estratégico com recursos próprios do banco, mas eles são absolutamente insuficientes para dar conta de toda a transição que nós precisamos fazer [por exemplo] para a descarbonização da nossa frota [de navios]”.


R$ 43 milhões para proteção de ilhas oceânicas

O BNDES também anunciou nesta segunda-feira (2) investimentos de R$ 40 milhões para a preservação da biodiversidade de ilhas oceânicas do país. A iniciativa faz parte do projeto BNDES Azul.


A linha de crédito BNDES Biodiversidade - Ilhas do Futuro, Ninhos Protegidos, selecionará iniciativas que visem restaurar e proteger os habitats reprodutivos de aves marinhas e migratórias em ilhas oceânicas.


Segundo Tereza Campello, um dos objetivos do projeto é combater espécies invasoras de roedores que atacam os ninhos das aves nas ilhas.


"O Brasil tem um conjunto de ilhas que são patrimônio nosso natural e que por um conjunto de fatores hoje estão sob risco e ameaça. Algumas das espécies de aves que vivem nessas ilhas são vulneráveis e hoje estão em risco", disse a diretora.


Para esse edital, podem se inscrever instituições sem fins lucrativos que apresentem projetos com valor mínimo de R$ 5 milhões. O BNDES poderá financiar até 50% de cada proposta aprovada


Também hoje, o banco ampliou a linha de crédito BNDES Corais em R$ 43 milhões> A medida é voltada a projetos para a recuperação de recifes em diferentes regiões do país. Alguns já selecionados selecionados são de instituições como WWF, Funbio, Fundação José Bonifácio, RedeMar, Projeto de Conservação Recifal e AEPTEC-BA.


Na primeira fase do BNDES Corais, já tinham sido destinados R$ 45 milhões.


"Esse é o ecossistema mais ameaçado nos oceanos e é vital para toda a vida marinha, para a piscicultura, para o desenvolvimento da biodiversidade dos oceanos. Então, nós estamos buscando melhorar a qualidade da água nas bacias que alimentam os corais, combater a pesca predatória, gerar renda alternativa para essas comunidades, ordenar o turismo comunitário", afirmou o presidente do BNDES.


Mapeamento

O banco também assinou nesta segunda-feira, contrato de R$ 12 milhões para a realização de estudos do Planejamento Espacial Marítimo (PEM) da costa sudeste, que inclui os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.


A proposta dos PEM é mapear todo o litoral brasileiro, como um compromisso assumido pelo Brasil na Conferência da ONU para os Oceanos, em 2017. A meta do governo é concluir o mapeamento em todas as regiões até 2030, consolidando o PEM como política pública nacional.


"Os países têm obrigação de mapear e fazer esse planejamento do território. Para entender o que você tem nesse território marinho, fazer todo esse processo de mapeamento com investigação e com base na ciência para identificar o que que você tem de riqueza, quais são os minerais, quais são os potenciais que esses territórios têm e quais são os riscos que eles correm", disse Tereza Campello.


Já estão sendo realizados os PEM do Sul (que engloba os litorais dos três estados da região) e do Nordeste (que inclui toda a costa da Bahia ao Piauí, além das ilhas de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo).


Nesta segunda-feira, o BNDES também anunciou o consórcio que fará o PEM da costa norte, que vai do Maranhão ao Amapá. A região tem um enorme potencial para a produção petrolífera. Ao mesmo tempo, há o receio, por parte de ambientalistas, que a exploração petrolífera possa colocar em risco a vida selvagem local.


"Rigorosamente, a gente teria que fazer isso independentemente de qualquer debate com relação à margem equatorial e qualquer exploração, como nós estamos fazendo no sul, por exemplo, do país, que já está bem adiantado. Isso é uma obrigação que o Brasil tem frente aos organismos internacionais", afirmou Tereza.


Com a Agência Brasil

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