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Bolívia rejeita 'domínio' da Amazônia por meio de bases militares dos EUA


Líderes dos países amazônicos durante a IV Cúpula da Amazônia, em Belém (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, rejeitou as ações de "dominação" e "exploração" que "potências estrangeiras" pretendem impor sobre a Amazônia, por meio de "formas abertas e encobertas".


Em seu discurso durante a IV Cúpula da Amazônia, realizada na cidade de Belém, capital do estado do Pará, o presidente boliviano referiu-se à presença de bases militares e organizações não governamentais (ONGs) de origem europeia que atuam na a Amazônia.


“Rejeitamos qualquer tentativa de domínio ou exploração da região por potências estrangeiras, bem como a instrumentalização de interesses geopolíticos que coloquem em risco a harmonia da Amazônia”, afirmou.


O Presidente disse que para o seu país é "preocupante" que "a visão geopolítica" de algumas "potências estrangeiras" ponha em risco "o bem-estar das comunidades locais, a riqueza dos seus saberes ancestrais e as suas componentes estratégicas como as fontes de água doce ou biodiversidade".


O presidente da Bolívia lembrou que a crise climática global não foi gerada pelos habitantes originários dessas áreas ricas em recursos hídricos e minerais. Ao mesmo tempo, referiu-se às responsabilidades dos países industrializados que “influenciaram muito as emissões de carbono”.


Formas "abertas e ocultas"

Arce expressou que não aceita formas "abertas e ocultas" de controlar a Amazônia e, por isso, chamou a atenção para as declarações da chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, Laura Richardson, que falou em janeiro passado sobre os "ricos recursos", "terras raras elementos" e "o triângulo do lítio" encontrados na região latino-americana.


“A América Latina e o Caribe são uma prioridade na estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, o que significa que não é apenas do interesse do Departamento de Estado, mas também do Departamento de Defesa”, acrescentou.


Durante sua participação nesta cúpula – que também reúne líderes e altos representantes do Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – afirmou que eles devem estar “muito atentos” à “instalação de bases militares na região e dentro da Amazônia".


Atualmente, existem bases militares dos EUA nas regiões amazônicas do Brasil, Colômbia e Peru.


Da mesma forma, descreveu como “preocupante” que “a Europa esteja na mesma posição, embora de formas diferentes”, ao mencionar a presença na região amazônica de ONGs daquele continente.


“Alguns querem controlar a Amazônia por meios militares”, disse Arce, acrescentando que “outros” o fazem por meio de ONGs.


Por isso, pediu para abordar a relevância da Amazônia e de seus recursos naturais “numa perspectiva de respeito à soberania e autodeterminação dos países da região”.


“Vivemos um momento crucial na história do mundo através de uma reconfiguração geopolítica e por isso devemos promover um multilateralismo eficaz, pragmático e justo que nos permita enfrentar estes desafios”, concluiu.


Fonte: Agência RT

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