Bolsolão: oposição pede que TCU suspenda pagamentos
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Bolsolão: oposição pede que TCU suspenda pagamentos


(Divulgação)

Um grupo de seis deputados federais da oposição entrou nesta terça-feira (11) com uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo para apurar a responsabilidades no chamado "Bolsolão" e para suspender imediatamente o pagamento das verbas distribuídas a parlamentares por meio de "orçamento paralelo". O "Bolsolão", segundo o jornal O Estado de S. Paulo, envolve um montante na ordem de R$ 3 bilhões e pode vir a ser o maior escândalo envolvendo recursos públicos no governo Bolsonaro.

A medida cautelar inclui denúncia para apurar a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro no esquema, além do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira.

Assinam a medida, além do líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Danilo Cabral (PSB-PE) Wolney Queiroz (PDT-PE) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).

Para os parlamentares, o governo federal feriu os "princípios da transparência, da moralidade, da impessoalidade e da eficiência do gasto público". E argumentam que um dos critérios do governo para destinar os R$ 3 bilhões foi a "taxa de fidelidade" de deputados e senadores.

“O pessoalismo, conforme indicado no veto do Presidente Jair Bolsonaro, viola o princípio republicano, que não se harmoniza com arranjos voltados para privilegiar apoio político, o famoso “toma lá dá cá”. Os recursos públicos são escassos e, em um período de pandemia, deveriam ser priorizados para a vacinação, para a compra de insumos, para a defesa da população contra o vírus da Covid-19", argumentam os parlamentares no documento endereçado ao TCU.

"Sangria dos cofres públicos"

Alessandro Molon (PSB-RJ) disse que "estamos diante de uma intensa sangria dos cofres públicos, feita de forma obscura e sem critérios conhecidos" e ainda acentuou: "Esse uso de dinheiro público para montar, por caminhos tortuosos, uma base no Congresso Nacional é um escândalo de grandes proporções. Esse dinheiro precisa ser usado para salvar a vida dos brasileiros, comprando vacinas, e não para abastecer esquemas suspeitos".

No esquema foi constatado o uso das verbas em compra de equipamentos agrícolas, como tratores e retroescavadeiras, por R$ 271,8 milhões e com valores até 259% acima do valor referência adotado pelo governo. Os próprios parlamentares contemplados no Bolsolão se referem às verbas como "minha cota" e "fui contemplado". Ainda de acordo com a denúncia, os equipamentos seriam entregues em cerimônias das prefeituras que configurariam eventos eleitorais antecipados visando 2022.

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